O que todo pesquisador queria que os membros soubessem e fizessem
Talvez você nunca tenha sido um pesquisador na Igreja. Bem, pelo menos não do modo “convencional” por assim dizer. Talvez seus pais tenham levado você quando bebê para a Igreja e ali você cresceu. Se esse for o seu caso, você nunca passou pela experiência que os pesquisadores passam. E esse artigo pode ajudar você a ver as coisas de um ângulo diferente.
Pode ser também que você tenha sido um pesquisador na Igreja, assim como eu. E esse artigo pode ser uma tentativa de lembrar você como foi sua experiência e olhar com mais amor e cuidado para aqueles que estão começando agora.
1) O vocabulário é novo, defina as palavras.
Supor que os outros saibam o que é a Sociedade de Socorro, conferência de estaca, batismo vicário, selamento, placas de latão, alas e ramos, quórum dos doze, missão de tempo integral, entre tantas outras coisas é um erro comum. Muitas vezes, achamos que estamos “arrasando” no discurso, mas na verdade os pesquisadores não estão entendendo nada! O conselho que poderíamos dar é: notou algum visitante enquanto discursa ou enquanto ministra a aula? Defina rapidamente as palavras usadas. O pesquisador que ouve conseguirá absorver muito mais se tornamos nossas palavras algo simples de entender.
2) Cumprimente-os.
Ah esse é um ponto muito importante. As pessoas gostam de se sentirem acolhidas e bem vindas. Se você notou alguém novo, deixe a vergonha de lado e cumprimente! Não custa nada para nós, mas para aqueles que nos visitam faz uma diferença enorme. Deixe que a pessoa sinta que ela é notada ali. Não estamos dizendo para “puxar um papão”, é somente um “olá, como vai? Sejam bem-vindo(a)” . Coloque-se no lugar da outra pessoa: Se você vai a algum lugar onde não conhece ninguém, não é bom vir ser bem recepcionado pelas pessoas que estão ali? “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-o também vós a eles”. (Mateus 7:12)
3) Não julgue o passado.
A Igreja é um grande hospital. Todos nós vamos a Igreja porque estamos de alguma forma “doentes”. Ninguém é perfeito, nem mesmo na Igreja! É muito importante nos lembrarmos da escritura que sabiamente diz: “E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho?” (Mateus 7:3) Os pesquisadores em sua maioria estão tentando abandonar um estilo de vida totalmente contrário ao proposto no evangelho de Jesus Cristo. Não é fácil mudar. Em especial se ouvem críticas. Ao invés de criticarmos o passado, podemos olhar para as pessoas como Cristo olha e ver o que elas podem vir a se tornar e não quem foram um dia.
4) Ofereça ajuda.
É muito difícil começar algo novo. Na Igreja, não é diferente. Talvez muitos pesquisadores terão que mudar tudo ou quase tudo em suas vidas – modo de vestir, modo de se comportar, modo de falar, gostos musicais entre tantas outras coisas. Apesar de não ter tido que mudar tantas coisas quando decidi tornar-me membro da Igreja, ter alguém que eu pudesse contar, foi essencial. Alguém que eu pudesse somente tirar alguma dúvida, sabe? A estrada por vezes é solitária, portanto, ofereçamos ajuda. Uma mensagem de texto, uma escritura, um vídeo, uma citação… Seja presença na vida dos pesquisadores de sua unidade. Deixe com que eles saibam que podem contar com você.
5) Inclua os pesquisadores nas atividades de sua família.
Muitos pesquisadores entram para a Igreja sozinhos, sem suas famílias e em uma Igreja que fala tanto sobre famílias, isso pode ser muito deprimente. Ouvir falar sobre famílias e não ter a sua na Igreja é a realidade de muitos daqueles que se juntam a nós, já pensou nisso? A ideia é fazer com que os pesquisadores sintam que têm uma família na Igreja, que eles não são menos valorizados por isso. Não deixe os pesquisadores se sentirem menos importantes somente porque não estarem com suas famílias. Convide para noites familiares, almoços de Domingo e outras atividades de sua família que julgar pertinente.
6) Solicite a opinião e ajuda dos pesquisadores.
Os pesquisadores, assim como qualquer um de nós, desejam sentirem-se importantes e valorizados. Eles podem não ter experiência e conhecimento sobre o Evangelho, mas sem dúvida alguma, eles têm algo para ensinar. Eles têm uma bagagem grande e estão dispostos a compartilhá-la conosco se somente solicitarmos. Podemos solicitar suas participações em nossas aulas, em organização de atividades ou somente em conversas informais. Esopo, escritor da Grécia Antiga, escreveu: “Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.”
7) Ame!
Em 1 Coríntios 13:1-7 lemos:
“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”
Essa escritura define bem o que precisamos ter: amor. Precisamos amar os pesquisadores acima de quaisquer coisas. Todas as pessoas desejam sentirem-se amadas e não é diferente com os pesquisadores. Tentamos por eles, o puro amor de Cristo.
Em resumo…
De fato, não é fácil fazer tudo nessa lista. Não é fácil pensar dessa maneira aqui colocada. Talvez, essa lista tenha dado-lhe insights importantes sobre como ser um pouco melhor para acolher os pesquisadores. A regra de ouro é sempre nos colocarmos no lugar dos pesquisadores: se fôssemos os pesquisadores, o que gostaríamos que fizessem, falassem ou pensassem com relação a nós?
“Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-o também vós a eles”. (Mateus 7:12)
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