Ex-missionários falam sobre voltar para casa antes do tempo e como amigos e familiares podem ajudar

Jovens adultos que servem missão para A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias estão expostos a muitas lesões físicas, problemas e circunstâncias que podem os impedir de continuar o serviço missionário, e os fazer voltar mais cedo do que o esperado para casa.

Uma vez em casa, esses jovens podem se sentir desconectados de seus familiares, amigos e da Igreja. Porém, de acordo com um artigo recente do site ChurchofJesusChrist.org, há esperança e força tanto para os familiares quanto para os missionários.

O artigo fala que ao serem guiados pelo Espírito, missionários que voltam para casa antes do tempo, podem ser recebidos por seus familiares e amigos sem serem julgados.

O artigo traz comentários breves de muitos líderes da Igreja, incluindo o Élder Jeffrey R Holland do Quórum dos Doze Apóstolos, e também compartilha a história de dois missionários que voltaram mais cedo de suas missões e o que eles aprenderam com essa experiência.

Uma experiência valiosa

Marshall, um missionário que devido a problemas físicos e mentais retornou antes do tempo para casa, muitas vezes, sente pesar por não ter servido o tempo total de sua missão. “Mas, ele disse que ainda sente que o tempo em que serviu como missionário de tempo integral foi válido.”

Marshall disse:

“Não somos missionários perfeitos, ainda estamos sujeitos a tentação, ainda podemos pecar; mas Satanás quer colocar nosso foco em nossas imperfeições, dessa maneira sentiremos que nosso trabalho não foi aceito pelo Senhor, por causa daqueles dias em que não fomos os melhores missionários.”

“Voltar para casa pode ser duro para jovens adultos e seus familiares, mas o serviço missionário que foi feito não é desvalorizado,” disse Marshall. “Apesar de circunstâncias e escolhas imperfeitas, o Pai Celestial é grato pelo serviço que eles prestaram”, ele completou.

O verdadeiro arrependimento

O outro missionário serviu no Colorado, voltou para casa mais cedo por razões disciplinares e foi excomungado. Mais tarde ele foi rebatizado, mas o momento do retorno para casa foi muito difícil.

“Me senti sozinho e vazio. Muitas vezes, a parte mais difícil de voltar pra casa era encontrar a motivação para continuar indo à Igreja, lendo as escrituras e orando. As coisas mais simples, eram as mais difíceis.”

Nesse caso, ele teve o apoio dos amigos e da família. Metas, entrevistas regulares com o bispo e frequência ao templo, foram essenciais para criar um relacionamento próximo ao Pai Celestial. Junto a isso, o amor de Deus, ter um testemunho da expiação de Jesus Cristo e o arrependimento tornaram a recuperação verdadeiramente possível.

“Sempre podemos nos aproximar de Deus, não importa quão distantes nos sintamos. Eu cometi alguns erros, mas meu testemunho tem crescido muito mais enquanto me esforço para me arrepender e continuar a progredir.”

A transição do trabalho missionário para o cotidiano de uma vida normal pode ser desagradável, e ao contrário do que aconteceu com o missionário do Colorado, alguns familiares e amigos não nos ajudam nesse processo de transição.

“Dêem espaço a eles,” disse Marshall ao aconselhar parentes e amigos de missionários retornados. Mas sempre esteja por perto, porque pode ser meio triste. Sejam amigos deles”.

“Dêem amor a eles. Os encorajem a sempre se lembrarem do sacrifício expiatório de Jesus Cristo”. Disse o missionário que serviu no Colorado.

Em uma transmissão Cara-a-cara com o Élder Jeffrey R Holland em março de 2016, ele aconselhou jovens adultos que retornaram antes do tempo de suas missões.

Ele disse:

“Quando alguém te perguntar se você já serviu missão, você responde sim. Ame o trabalho que você fez. Seja grato pela oportunidade que você teve de testificar, de carregar o nome do Senhor, de ter usado a plaqueta preta.”

“Por favor, por favor não se sinta mal, não se prenda ao passado. Não pense que não é bom o bastante ou um perdedor.”

Fonte: Church News

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