5 Coisas que todo Santo dos Últimos Dias deve saber sobre Eva

A maneira como as mulheres avaliam seu valor próprio, ainda é afetado pela história bíblica de Eva?

Em grande parte da literatura e em muitas histórias que se referem a mulheres, há um pedido de desculpas, como se houvesse algo de ‘errado’ em sem mulher.

Ao buscar a fonte dessa inquietação, reconheci que poderia ser um rastro da Criação e da prevalente e negativa caracterização de Eva.

Mas se examinarmos as palavras dos profetas e as revelações modernas, começamos a entender sua contribuição magnifica para o plano do Pai Celestial.

  1. Eva era um dos nobres espíritos na pré-existência.

nomes

O Élder Bruce R. McConkie afirmou:

“Eva – uma filha de Deus, uma das filhas espirituais do Poderoso Eloim – estava entre os nobres e grandes na pré-existência. Ela se classificou em estatura espiritual, em fé e em devoção, em conformidade com a lei eterna e com Miguel.”

Cristo e Adão eram servos na existência pré-mortal. Cristo, o amado e escolhido do Pai, foi pré-ordenado para ser o Salvador do mundo, e Adão o grande Miguel, foi preordenado a ser o primeiro homem e o pai da raça humana.

O Élder McConkie nos relembra:

“Não podemos duvidar que o maior de todos os espíritos femininos foi o escolhido e pré-ordenado para ser “a mãe do Filho de Deus, na carne [Maria] (1 Néfi 11:18).

Não podemos fazer nada além de supor que Eva estava ao lado de Adão, alegrando-se em sua pré-ordenação para ser a primeira mulher, a mãe dos homens, a consorte, companheira e amiga do poderoso Miguel.

Cristo e Maria, Adão e Eva, Abraão e Sara e outros poderosos homens e igualmente gloriosas mulheres compunham aquele grupo de ‘nobres e grandes espíritos’ sobre quem Jesus disse: ‘Desceremos, pois há espaço lá, e tomaremos destes materiais, e faremos uma terra onde estes possam habitar’ (Abraão 3:24).”

Para melhorar nosso pensamento sobre Eva e sobre o valor da mulher, o Élder McConkie nos deu esse grande testemunho:

“Certamente essas irmãs trabalharam tão diligentemente quanto lutaram valentemente na guerra dos céus, assim como fizeram os irmãos, assim como permanecem firmes até hoje, na mortalidade, na causa da verdade e da retidão.”

  1. No Jardim do Éden, Eva era uma companheira e não uma participante passiva e incompetente.

O Presidente Ezra Taft Benson ensinou:

“No início, Deus colocou a mulher como companheira do sacerdócio. Os Deuses se aconselharam e disseram que ‘não era bom que o homem estivesse só; por conseguinte, farei uma adjutora própria para ele’ (Moisés 3:18).

Por que não era bom que o homem estivesse sozinho? Se fosse somente a solidão do homem que preocupava a Deus, ele poderia ter provido outra companhia. Mas ele fez a mulher, para que ela fosse a companheira do homem. Ela também iria agir em parceria com ele.”

Eva foi preordenada como companheira, uma organizadora, uma construtora, e uma criadora de maneiras para que o grande plano fosse cumprido. Certamente, esses papeis essenciais e fortalecedores contradisseram diretamente a imagem de “passividade eloquente” ou “pecadora incipiente” que têm permeado a percepção da sociedade sobre Eva.

  1. Os profetas tiveram visões sobre Eva no futuro.

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As revelações modernas falam muito sobre a magnificência de Eva. Em sua visão da redenção dos mortos, o Presidente Joseph F. Smith viu os profetas reunidos no paraíso:

“Entre os grandes e poderosos que estavam reunidos nessa vasta congregação dos justos, encontrava-se o Pai Adão… E nossa gloriosa Mãe Eva, com muitas de suas filhas fiéis que viveram através das eras e adoraram o Deus verdadeiro e vivo (D&C 138:38–39).”

Zebedee Coltrin lembrou que ele e Oliver Cowdery tiveram uma visão compartilhada sobre Eva com o profeta.

Joseph Smith pegou os irmãos Coltrin e Cowdery pelo braço e disse, “Vamos dar uma caminhada.” Depois de chegar a um lugar “onde havia uma linda grama, videiras e vidoeiros do pântano entrelaçados, o Presidente Joseph Smith disse, ‘Vamos orar.’”

“Todos eles oraram – Joseph, Oliver e Zebedee. Então, o Irmão Joseph disse, ‘Agora irmãos, teremos algumas visões.’

“… Os céus se abriram gradualmente, e [eles] viram um trono de ouro, em uma fundação circular, e no trono estavam sentados um homem e uma mulher, com cabelos brancos e roupas brancas. Eles eram os dois mais belos e perfeitos espécimes da humanidade [que eles] já [haviam visto]. Joseph disse, ‘ Eles são nossos primeiros pais’, Adão e Eva.

“Adão era um homem grande e tinha os ombros largos, e Eva, como mulher, tinha grandes proporções.”

Ambas as visões atestam a retidão da ação de Eva e a aceitação de sua contribuição, por mostrarem ela depois de sua vida na terra. Ela cumpriu gloriosamente sua importante tarefa. Exaltada, ela continua a reinar, lado a lado com o poderoso Adão.

  1. Satanás não enganou Eva.

Lemos no texto bíblico que Satanás enganou Eva. Sabendo das conotações negativas que o mundo usou para explicar o domínio de Satanás sobre Eva, me perguntei como essa incrível mulher poderia ter sido enganada.

Sentindo que essa era uma palavra cujo verdadeiro significado havia sido perdido depois de tantos séculos de tradução, conversei com a Dra. Nehama Aschkenasy. Ela explicou que a palavra hebraica que foi traduzida como “enganada” é uma forma verbal rara de incomum profundidade e riqueza.

Por ser uma forma que não é mais utilizada, é quase impossível de traduzi-la. “é seguro dizer que indica uma experiência intensa e de multinível que evoca grandeza emocional, psicológica e/ou  trauma espiritual,” explicou a Dra. Aschkenasy

A Dra. Aschkenasy escreveu sobre isso em seu livro Eve’s Journey (A Jornada de Eva). O uso dessa palavra na narrativa bíblica “deixa claro que Eva foi motivada por um complexo conjunto de unidades internas, ancoradas não somente em sua natureza física mas também em sua natureza intelectual.”

Aschkenasy indica mais à frente sua crença nessa experiência intensa que fez Eva dar um passo para trás, reavaliar e ponderar sobre a árvore do conhecimento do bem e do mal.

Entendemos um pouco do processo de raciocínio de Eva em Moisés 4:12, que indica que seu contato com Satanás, evocou em Eva uma revisão de toda a sua experiência humana:

“E quando a mulher viu que a árvore servia para alimento e que se tornara agradável aos olhos e uma árvore desejável para torná-la sábia, tomou de seu fruto e comeu; e deu também a seu marido e ele comeu com ela.”

Eva estava proferindo uma verdade sobre a árvore e o que ela representava, diz o Élder B. H. Roberts. Ele observa:

“Observe que a árvore do conhecimento, mesmo que seja a árvore da morte, em lugar algum é chamada de ‘árvore do mal’, ou seus frutos são ruins… ao contrário: está entre as árvores ‘agradável à vista e boa para comida,’ no mesmo versículo em que recebe seu nome (Gênesis 2:9).”

Depois de partilhar do fruto, Eva reconhece a exatidão de seus atos e a necessidade deles. Um tempo depois, ela expressa seus sentimentos em um sermão cheio de louvor e agradecimento:

“Se não fosse por nossa transgressão, jamais teríamos tido semente e jamais teríamos conhecido o bem e o mal e a alegria de nossa redenção e a vida eterna que Deus concede a todos os obedientes (Moisés 5:11).”

Essas palavras tocantes ditas pela Mãe de todos os viventes, trouxeram conforto e segurança para seus filhos, para as hostes de espíritos que aguardavam, e para seu amado esposo, Adão.

  1. Deus não amaldiçoou Eva após ela partilhar do fruto.

Deus disse a Eva o que ela iria passar ao aceitar seu destino de ser “a mãe de todos os viventes” (Moisés 4:26) quando ela e Adão concordaram com o mandamento de Deus de multiplicar e encher a terra.

Esses ensinamentos certamente foram instruções para as filhas de Eva, que seguiriam o seu exemplo. Eles estão preservados nas escrituras.

As palavras do Senhor para Eva podem parecer duras: “Multiplicarei grandemente tua dor e tua concepção. Com dor darás à luz filhos” (Moisés 4:22). Hug Nibley destacou:

“A chave é a palavra para sofrimento, atsav, que significa trabalhar, fadiga, suar, fazer algo muito difícil. Multiplicar não significa adicionar ou aumentar, mas repetir várias vezes; a palavra na Septuagint (bíblia hebraica) é plethynomei, como nas múltiplas palavras e orações repetitivas dos antigos. Ambas, a concepção e o trabalho de Eva serão múltiplos: ela terá muitos filhos.”

Portanto, quando Ele disse “multiplicarei grandemente tua dor e tua concepção,” Deus não quis dizer que o nascimento causaria tristeza. Na verdade, parece que Ele disse a Eva que na mortalidade o nascimento de uma criança seria difícil, que ela iria sua, labutar e experimentar a dor. Essa instrução faz com que ela saiba o que esperar ao dar corpos aos espíritos.

Deus não estava amaldiçoando Eva ou causando dor a ela. Na verdade, Ele a estava deixando ciente de que seu novo corpo mortal experimentaria dor dentro do processo de concepção – uma dor que viria e iria repetidas vezes.

Desde o tempo da criação, Deus visualizou o relacionamento entre homem e mulher como uma parceria e como apoio. Esse é o padrão dado por Deus e a única maneira que o Seu trabalho pode avançar efetivamente.

Somente quando mulheres e homens entenderam o significado daquela primeira parceria, ao ponderarem sobre as declarações esclarecedoras proferidas por nossos profetas a respeito de Eva, “a mãe dos viventes” (Moisés 4:26), então poderão começar a usar esse conhecimento para beneficiar suas próprias vidas.

Fonte: LDSLiving

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