Por que não devemos ficar obcecados pela segunda vinda?

Ao mesmo tempo que somos instruídos a nos prepararmos para a segunda vinda do Salvador, não devemos nos tornar obcecados pelo assunto.

Em seu livro Living in the Eleventh Hour, Robert L. Millet explica como os membros da igreja podem esperar pela segunda vinda, sem ter que catalogar cada evento que acontece nesse meio tempo.

Como nós como membros da Igreja de Jesus Cristo nos sentimos por de fato vivermos nos últimos tempos? Como nos sentimos por saber que vivemos em uma era em que mais e mais profecias serão cumpridas?

O Salvador declarou para Sidney Rigdon:

“E aos pobres e mansos será pregado o evangelho; e eles estarão esperando a hora de minha vinda, pois está próxima. E aprenderão a parábola da figueira, pois já se aproxima o verão.” (D&C 35:15–16).

Três meses depois o profeta recebeu essa revelação registrada na seção 45 de Doutrina e Convênios, o que torna conhecido muitos dos sinais dos tempos.

“Olhais e vedes as figueiras e com vossos olhos as contemplais; e quando começam a brotar e suas folhas estão ainda tenras, dizeis que o verão está próximo; Assim também será no dia em que eles virem todas essas coisas; então saberão que a hora está próxima. E acontecerá que aquele que me teme estará esperando que venha o grande dia do Senhor, sim, os sinais da vinda do Filho do Homem.” (D&C45:37–39).

Em outras palavras, o fiel espera o advento do Senhor com alegria e entusiasmo.

Um dos desafios que encaramos é antecipar a segunda vinda ao nos tornarmos obcecados pelo assunto.

Devemos estudar e ponderar nos preocupando com o que está a nossa frente, não correlacionando e preparando fórmulas e distribuindo listas ou estabelecendo programações específicas, mas sim preparando nossas almas para essa ocasião sublime.

  • Podemos nos perguntar, Nosso Senhor e Salvador está chegando, então o que preciso fazer hoje para me preparar para amanhã?
  • Quais esforços preciso fazer agora para me assegurar de que quando Ele chegar, Ele possa me ver com alegria?
  • Que tipo de atividade devo me envolver e que me deixará confiante e confortável no momento da chegada Dele?
  • Que elementos em minha vida e estilo de vida, pessoal e em minha personalidade, precisam ser descartados para que eu aprecie essa porção de luz espiritual tão desesperadamente necessária nos últimos dias?

As três parábolas de preparação encontradas em Mateus 25, apontam para coisas específicas que podemos fazer, para prepararmos melhor nossas famílias e aqueles por quem somos responsáveis por apresentar a vinda do Senhor.

Jesus Cristo ensinou:

“Bem-aventurados aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier, os achar vigiando! Em verdade vos digo que se cingirá, e os fará assentar à mesa, e chegando-se, os servirá. E se vier na segunda vigília, e se vier na terceira vigília, e os achar assim, bem-aventurados são os tais servos.?” (Lucas 12:37-38)

O Élder Bruce R. McConkie escreveu o seguinte sobre o assunto:

“Um dos maiores estímulos, que encoraja e induz os homens a viverem existências cheias de retidão pessoal, é a doutrina da Segunda Vinda do Messias. Muitas revelações falam dos sinais que precederão o retomo do Senhor; outros falam dos trágicos, porém gloriosos eventos que acompanharão a Sua volta à Terra; e outras ainda revelam as coisas boas e más que sobreviverão aos vivos e aos mortos nessa ocasião. Todos esses fatos foram preservados nas sagradas escrituras, para que os homens sejam movidos a se prepararem para o dia do Senhor, o dia em que Ele se vingará dos ímpios e derramará as Suas bênçãos sobre os que amam a Sua vinda. ” (Bruce R. McConkie, Doctrinal New Testament Commentary, 1 :674–675.)

Prestar atenção no que está por vir, quase sempre nos ajuda a lidar adequadamente com o que realmente importa. E pode ser extremamente valioso saber como lidar melhor com circunstâncias desafiadoras agora.

Se o casamento é feito através do poder selador, quando o selador declara que o casamento é “para o tempo e a eternidade”, o casal está mais propenso a concentrar-se em construir um relacionamento forte e duradouro do que se a cerimônia for um casamento civil onde declara-se “até que morte os separe.”

Saber que as famílias podem ir além o véu da morte e continuar eternamente, nos motiva a fazer um esforço considerável para perdoar, assumir o melhor e trabalhar incessantemente para tornar nosso lar um pouco do céu na terra e ter uma família eterna.

Stephen R. Covey disse:

“Comece com o final em mente.”

Ao falar sobre a vinda do Senhor em glória e considerando quais eventos podem transparecer, o apóstolo Pedro perguntou:

“Havendo, pois, de perecer todas essas coisas, que tipo de pessoas vos convém a vós ser em santa conduta e piedade, aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus, incendiados, se desfarão, e os elementos, ardendo, se derreterão? (2 Pedro 3:11–12)

Embora sem dúvidas o dia da segunda vinda de Cristo seja tão importante como o dia da sua primeira vinda, há coisas que podemos fazer para acelerar nossa própria preparação e nos apressar ao longo do estabelecimento de Sião.

Em janeiro de 1831, o próprio Senhor Jesus Cristo falou com James Covil, um ministro da igreja Metodista, que demonstrou um breve interesse pelo evangelho restaurado.

“Segue batizando com água, preparando o caminho diante da minha face, para a hora de minha vinda. Porque o tempo se aproxima; o dia ou a hora ninguém sabe, mas certamente virá. E o que recebe estas coisas, a mim me recebe; e eles serão reunidos comigo nesta vida e na eternidade. E também acontecerá que sobre todos os que batizares com água imporás as mãos; e eles receberão o dom do Espírito Santo e estarão aguardando os sinais da minha vinda e conhecer-me-ão.” (D&C 39:20–23).

Verdadeiramente, os membros da Igreja de Jesus Cristo que cultivarem o dom do Espírito Santo e desfrutarem dos doces frutos – serão aqueles que se tornarão como Ele e que então, no grande dia, virão a Cristo como ele é. (1 João 3:1-2). E eles O conhecerão.

Fonte: LDSLiving

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