Explicação sobre as placas que deram origem ao Livro de Mórmon
Geralmente falamos que Joseph Smith traduziu o Livro de Mórmon de placas de ouro. Contudo, o material das placas de metal talvez não fosse realmente ouro, muito embora outro pudesse estar em sua composição. Observe a descrição que ele fez das placas:
“Esses registros estavam gravados em placas que tinham a aparência de ouro, cada uma delas com quinze centímetros de largura por vinte de comprimento, sendo um pouco mais finas que o latão comum. Estavam cobertas de gravações em caracteres egípcios e presas umas às outras como as folhas de um livro por três anéis que as traspassavam. O livro tinha aproximadamente quinze centímetros de espessura, sendo que parte dele se encontrava selado. Os caracteres da parte não selada eram pequenos e tinham sido feitos com esmero. O livro como um todo mostrava sinais de ter sido feito há muito tempo e com grande perícia na arte da gravação em metal. Junto com os registros havia um curioso instrumento que os antigos denominavam ‘Urim e Tumim’, que era formado por duas pedras transparentes engastadas em um arco preso a um peitoral. Por intermédio do Urim e Tumim traduzi o registro pelo dom e poder de Deus.” (Carta Wentworth)
Mas não é incorreto dizer “placas de ouro”, pois assim muitos a descreveram. Joseph Smith utilizou, para realizar a tradução, um conjunto de vários registros. No começo do Livro de Mórmon existe uma breve explicação a este respeito. Essa explicação é importante, pois sem uma compreensão correta dos relatos que compõem o Livro de Mórmon algumas dúvidas podem surgir. Por exemplo: Por que Isaías é tão citado no Livro de Mórmon? Quem é Zenos, Zenoque e Neum? O que Néfi, Jacó Mórmon e Morôni falam a respeito das “placas menores”?
O Livro de Mórmon é um registro sagrado de povos da América antiga e foi gravado em placas de metal. (Introdução do Livro de Mórmon)
Leí e Néfi, primeiros profetas do Livro de Mórmon, compreendem a importância de manter um relato sobre suas vidas, e particularmente suas experiências espirituais. Então eles escrevem sobre suas vidas e sobre os procedimentos de Deus. Eles escrevem em placas de metal, pois “sabemos que as coisas que escrevemos em placas perdurarão” (Jacó 4:1-2). Contudo, Néfi recebe a inspiração de escrever em “placas menores” (1 Néfi 6), elas deveriam conter assuntos mais espirituais, enquanto o registro principal, ou as placas maiores, abrangeria todos os assuntos, mesmo os seculares (1 Néfi 9:2–4).”Desde o tempo de Mosias, entretanto, as placas maiores passaram também a incluir assuntos de grande importância espiritual” (Introdução do Livro de Mórmon).
“As Placas de Mórmon, que contêm um resumo das placas maiores de Néfi, feito por Mórmon, com diversos comentários. Estas placas também contêm a continuação da história escrita por Mórmon e adições feitas por seu filho Morôni.
As Placas de Éter, que contêm a história dos jareditas. Este registro foi resumido por Morôni, que inseriu comentários próprios e incorporou o registro à história geral, sob o título de “Livro de Éter.”
As Placas de Latão, trazidas de Jerusalém pelo povo de Leí em 600 a.C. Estas placas continham “os cinco livros de Moisés (…) e também o registro dos judeus, desde o princípio até o começo do reinado de Zedequias, rei de Judá; e também as profecias dos santos profetas” (1 Néfi 5:11–13). Muitas citações de Isaías e de outros profetas bíblicos e não-bíblicos, que se encontram nestas placas, aparecem no Livro de Mórmon.
O Livro de Mórmon contém quinze partes ou divisões principais que, com exceção de uma, são chamadas livros, usualmente designados pelo nome de seu autor principal. A primeira parte (os primeiros seis livros, terminando em Ômni) é uma tradução das placas menores de Néfi. Entre os livros de Ômni e Mosias há uma inserção chamada Palavras de Mórmon. Essa inserção liga o registro gravado nas placas menores ao resumo das placas maiores, feito por Mórmon.” (Introdução do Livro de Mórmon)
A parte mais longa, de Mosias até o fim do capítulo 7 de Mórmon, é a tradução do resumo das placas maiores de Néfi, feito por Mórmon. A parte final, do capítulo 8 de Mórmon ao fim do volume, foi gravada por Morôni, filho de Mórmon, o qual, após terminar o registro da vida de seu pai, fez um resumo do registro jaredita (chamado livro de Éter) e posteriormente adicionou as partes conhecidas como livro de Morôni.
Morôni, o último dos profetas-historiadores nefitas, em 421 d.C., selou o registro sagrado e ocultou-o para o Senhor, para ser trazido à luz nos últimos dias, como foi predito pela voz de Deus por meio dos Seus profetas antigos. Em 1823 d.C., esse mesmo Morôni, então um personagem ressurreto, visitou o Profeta Joseph Smith e subsequentemente lhe entregou as placas gravadas.
Deve-se acrescentar, por derradeiro, que existem outras placas – as quais não conhecemos, e que as próprias placas usadas por Joseph Smith continham outros relatos e ensinamentos que não foram traduzidos.
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