4 Maneiras de não dormir durante a Restauração
Na sessão do sacerdócio da conferência em abril de 2014, o então Presidente Dieter F. Uchtdorf fez uma pergunta que nunca me esqueci. Ele perguntou:
“Vocês estão dormindo durante a Restauração?”
“Às vezes, pensamos na Restauração do evangelho como algo que já está terminado, que já ficou para trás — Joseph Smith traduziu o Livro de Mórmon, ele recebeu as chaves do sacerdócio, a Igreja foi organizada. Na verdade, a Restauração é um processo em andamento. Nós a estamos vivenciando bem agora. Ela inclui “tudo o que Deus revelou” e as “muitas coisas grandiosas e importantes” que Ele ainda vai revelar.2 Irmãos, os emocionantes acontecimentos atuais fazem parte desse período de preparação há muito predito que culminará na gloriosa Segunda Vinda de nosso Salvador Jesus Cristo.”
Os Santos dos Últimos Dias e os eleitos que ainda não foram reunidos nesse grande rebanho, foram chamados a participar da conclusão da Restauração.
O Profeta Joseph Smith disse:
“Os homens e os anjos trabalharão juntos para levar a efeito essa grandiosa obra e Sião será preparada, sim, uma nova Jerusalém, para os eleitos que serão reunidos dos quatro cantos da Terra e será estabelecida uma cidade santa, porque o tabernáculo do Senhor estará com eles.”
Como participamos ativamente dessa constante restauração? Como individualmente em nossas vidas, participamos desse grande trabalho junto com os anjos? Como construímos Sião? Como não dormir durante a restauração?
Fazer e guardar convênios sagrados
Primeiro, precisamos fazer e guardar convênios sagrados. Isto nos dá acesso ao poder de Deus e as chaves do sacerdócio que já foram restauradas.
Esta responsabilidade de fazer e guardar convênios sagrados pertence – e não tenho palavras para enfatizar isto o bastante – a ambos, homens e mulheres. É através dos convênios que acessamos o poder de Deus.
O Presidente Wilford Woodruff ensinou:
“Todo homem e mulher que já entraram na Igreja de Deus e foram batizados para a remissão dos pecados têm direito à revelação, ao Espírito de Deus para ajudá-los em seu trabalho, em sua interação com seus filhos, para aconselhar seus filhos e aqueles a quem foram chamados para presidir. O Espírito Santo não se limita aos homens nem aos apóstolos e profetas; pertence a todos os homens e mulheres fiéis e a todas as crianças com idade suficiente para receber o evangelho de Cristo.”
Fazer e guardar convênios é a nossa maior responsabilidade ao participarmos da Restauração.
Renovar nossos convênios
Segundo, precisamos renovar nossos convênios para que possamos ser vasos limpos e instrumentos puros nas mãos de Deus. Na conferência geral em outubro de 2013, Carole Stevens, primeira conselheira da Sociedade de Socorro disse que:
“Precisamos da oportunidade de renovar nossos convênios a cada semana ao tomarmos o sacramento. ‘Os apóstolos e profetas dos últimos dias ensinaram que, quando tomamos dignamente o sacramento, podemos renovar não apenas nossos convênios batismais, mas ‘todos os convênios [que fizemos] com o Senhor’… Essas ordenanças e esses convênios do sacerdócio proporcionam acesso à plenitude das bênçãos prometidas por Deus, as quais se tornaram possíveis pela Expiação do Salvador. Elas conferem poder aos filhos e às filhas de Deus, o poder de Deus.”
Ela continua:
“Filhos de Deus, vocês sabem quem vocês são? Vocês sabem o que vocês têm? Vocês são dignos de exercer o sacerdócio e de receber o poder e as bênçãos do sacerdócio? Vocês aceitam seu papel e sua responsabilidade de fortalecer o lar como pais, avôs, filhos, irmãos e tios? Vocês respeitam as mulheres e a maternidade?
Filhas de Deus, sabemos quem somos? Sabemos o que nós temos? Somos dignas de receber o poder e as bênçãos do sacerdócio? Recebemos os dons que nos são concedidos com gratidão, graça e dignidade? Aceitamos nosso papel e nossa responsabilidade de fortalecer o lar como mães, avós, filhas, irmãs e tias? Temos respeito pelos homens e pela paternidade?”
Ao fazer e guardar convênios, e então renová-los, nos tornamos vasos limpos preparados para fazer a vontade do Senhor.
Buscar o poder e a autoridade do sacerdócio
Terceiro, precisamos buscar o poder e a autoridade do sacerdócio. Devemos buscar receber e entender os dons e as responsabilidades de nossos chamados e dos convênios do templo – o que inclui as nossas obrigações com Deus e com o poder que nos é conferido.
O Élder Ballard ensinou em uma devocional na BYU em 2013 que:
“Aqueles que possuem chaves do sacerdócio… literalmente tornam possível que todos os que servem ou trabalham fielmente sob sua direção, exerçam a autoridade do sacerdócio e tenham acesso ao poder do sacerdócio. Todos os homens e todas as mulheres servem sob a direção daqueles que têm as chaves. ”
Quando penso sobre as chaves do sacerdócio, sempre penso sobre o que significa magnificar um chamado. Em Jacó 1:19 lemos:
“E nós magnificamos o nosso ofício para o Senhor, tomando sobre nós a responsabilidade de responder pelos pecados do povo se não lhes ensinássemos com diligência a palavra de Deus; assim, trabalhando com toda a nossa força, seu sangue não mancharia nossas vestimentas; caso contrário, o seu sangue cairia sobre nossas vestimentas e não seríamos declarados sem mancha no último dia.”
Sempre penso sobre isso. Penso sobre as vezes quando, ao trabalhar sob a autoridade das chaves do sacerdócio, servi ao próximo e estive disposta a tomar sobre mim a responsabilidade da escolha do outro, se eu não tentasse ensina-los com todo o meu poder a maneira do Senhor.
Este peso ficou particularmente pesado quando servi como presidente das Moças em minha ala. Eu enxergava aspectos em cada uma daquelas jovens que estavam sob meu cuidado, que não era vistos pelos meus olhos físicos, mas pelos meus olhos espirituais.
Eu enxergava as forças e os problemas. Eu enxergava possíveis futuros para elas além de suas esperanças, sonhos e desafios que viam por si mesmas.
Também pude observar meu próprio esposo e outros servos dignos se curvarem diante do peso das responsabilidades que vinham com as chaves do sacerdócio.
Em 14 anos de casamento, só vi meu esposo chorar algumas vezes. O vi chorar lágrimas de alegria no nascimento de cada um de nossos filhos. O vi chorar lágrimas de dor no falecimento de três de nossos filhos.
E o vi chorar como membro do bispado sob a carga de sofrimentos que ele não podia compartilhar comigo.
Mas muitas dessas oportunidades de servir sob a autoridade do sacerdócio frequentemente nos levaram no lugar onde pertencemos: ajoelhados, para buscar por orientação do Senhor.
Com a responsabilidade dessas chaves, vem o poder e o aumento do acesso a ajuda divina do Senhor. Tive essa experiência divina uma vez quando servia como conselheira na presidência da Primária da estaca.
Era costume compartilharmos uma breve mensagem em todas as Primárias das alas que visitávamos em nossa estaca.
Em uma das alas, quando era minha vez de deixar uma mensagem, tive uma forte impressão de dizer as crianças que o Senhor conhecia cada uma delas pelo nome.
O Espírito me disse para prestar muita atenção aos nomes de cada criança, enquanto elas eram chamadas durante o tempo de música e do tempo de compartilhar.
Eu não conhecia nenhuma daquelas crianças, e eu não tinha uma caneta e um papel para escrever seus nomes. Havia em torno de 20 crianças na sala.
Me senti intimidada (não tenho uma boa memória para nomes) mas deixei o Senhor me ensinar os nomes daquelas crianças ao prestar atenção e escutar.
Quando me levantei para falar, deixei a mensagem do Senhor – que Ele as conhecia pelo nome – e continue ao apontar para cada criança e as chamar pelo nome.
Nunca me esquecerei das carinhas de surpresa e admiração ao ouvirem seus nomes. Foi um testemunho claro dos dons adicionais que ganhamos através do poder e das chaves do sacerdócio.
Um lugar que podemos e devemos buscar por ajuda e pelo poder de Deus é o templo. o Élder Ballard ensinou:
“Quando homens e mulheres vão ao templo, ambos são investidos com o mesmo poder, que por definição é o poder do sacerdócio.”
“A investidura é literalmente uma dádiva de poder. Todos os que entram na casa do Senhor oficiam nas ordenanças do sacerdócio. Nosso Pai Celestial é generoso com Seu poder. Todos os homens e todas as mulheres têm acesso a esse poder para ajudá-los em sua própria vida. Todos aqueles que fizeram convênios sagrados com o Senhor e que honram esses convênios têm direito de receber revelação pessoal, de ser abençoados pelo ministério de anjos, de ter comunhão com Deus, de receber a plenitude do evangelho e, no final, de tornar-se herdeiros juntamente com Jesus Cristo de tudo o que o Pai possui.”
Fazer e guardar convênios sagrados são essenciais para exercermos o nosso papel na restauração.
Levar à efeito a restauração
A quarta maneira de participar da restauração é ativamente leva-la à efeito. Fazemos isto ao fielmente buscar as respostas das nossas próprias perguntas, fortificando nossa fé através de revelação pessoal e estudando as palavras dos profetas.
Levamos a restauração a efeito ao orar por nosso profeta, bispo, presidente de estaca, presidente da Sociedade de Socorro, e outros que se importam conosco e com as nossas famílias.
Levamos a restauração a efeito ao entender as doutrinas, princípios, ordenanças e eventos que ainda serão revelados no futuro da grande obra do Senhor.
Podemos participar desta grande obra ao nos concentrarmos no exercício justo do poder e autoridade de Deus para realizar Sua obra e Sua glória: a imortalidade e a vida eterna de seus filhos e filhas (Moises 1:39).
Este maravilhoso e grande propósito é conquistado ao ativamente cuidarmos de algumas partes da vinha do Senhor. Aperfeiçoar os Santos. Proclamar o evangelho. Redimir os mortos. Cuidar dos pobres e necessitados.
É para isto que fomos chamados. E como indivíduos, seremos guiados e dirigidos em como devemos usar o nosso tempo, talentos e outras bênçãos para estarmos unidos a Deus em propósito, ao sermos vasos justos para o Seu poder Divino.
Busque e guarde esses sussurros. Desta maneira, podemos participar da Restauração – a última restauração antes da Segunda Vinda de Jesus Cristo.
Fonte: LDS Living
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