Porque estudar as mulheres na vida de Cristo pode ajudar a ‘Ouvir o Senhor’

Quando temos as ferramentas certas, estudar as escrituras pode nos aproximar de Jesus Cristo. Esta é a esperança de Daniel Smith, produtor do canal do YouTube “Messages of Christ” (Mensagens de Cristo).

Em seu projeto mais recente, a sério de vídeos “As mulheres e Jesus”, ele conta com a ajuda de Heather Ruth Pack. Ela oferece uma perspectiva feminina e ajuda ao escrever e editar o roteiro de cada vídeo.

Juntos, seu amor pelas escrituras surge à medida que, em espirito de oração, eles contam as histórias das mulheres que interagiram com o Salvador.

Visualizar as escrituras

Às vezes, entender as escrituras pode ser assustador ou até mesmo frustrante para aprendizes visuais. Por ser um aprendiz visual, Smith reconhece os desafios quando não há um contexto visual.

Ele afirma, “Somos uma geração tão visual pelo fato de termos televisões, temos fotos e imagens e elas nos rodeiam completamente. E para ser honesto, isso é exatamente o que Jesus tinha… Jesus ensinou para um público visual de uma maneira visual, e nós estamos apenas lendo o texto disso.”

Ao criar vídeos que incluem fatos históricos e culturais, representações visuais úteis e escrituras relevantes, Smith e Pack visam destacar o magnífico caráter de Cristo.

O caráter de Cristo é evidente em Suas interações com as mulheres durante Seu ministério mortal. Foi uma decisão natural criar uma séria que destaca como as mulheres interagiram com Cristo.

Ao levar em conta que a perspectiva e testemunho dessas mulheres não são muito destacadas, Pack sentiu a responsabilidade de dar mais visibilidade à suas histórias.

“Sabemos seus nomes e em que eventos elas estavam presentes, mas não sabemos o que elas estavam pensando ou sentindo porque elas não escreveram a história. E algo que tentei fazer muito nesses roteiros é, pela primeira vez, dar a elas uma voz,” ela disse.

Maria, a Mãe de Jesus e Maria Madalena

Talvez um dos vídeos mais detalhistas que eles já criaram da série, seja a história de Maria, a mãe de Jesus.

Por ter tantas histórias nas escrituras sobre Maria, Smith e Pack conseguiram criar um vídeo que descreve muito de sua vida.

Smith disse, “Não conseguimos fazer isso com a outras mulheres, porque não sabemos muito de suas vidas. Porém, com Maria, temos desde quando ela provavelmente tinha 13 ou 14 anos até muito próximo de seu falecimento…

Temos essa perspectiva completa de sua vida, da qual temos muito poucos outros exemplos como esse, de outras mulheres nas escrituras. E ela é uma pessoa maravilhosa.”

Do mesmo modo, os relatos sobre Maria Madalena registrados nas escrituras fizeram com que contar a história dela fosse uma experiência especial para Pack.

Esse foi o primeiro vídeo da série que se tornou viral, mas essa não é a única razão para ela achar o vídeo tão significativo. Ela afirmou,

“Quando eu estava trabalhando em uma das cenas onde ela entra na tumba e descobre que o corpo sumiu, pela primeira vez em minha vida, entrei visualmente em minha mente na tumba e imaginei, ‘Como seria aquela sensação?’ Estou aqui para cumprir uma tarefa, e não posso, porque o corpo sumiu’.

E entendi a importância de Cristo escolher uma mulher para ser a testemunha de que Ele agora ressuscitou, quando não permitiam que mulheres nem mesmo testemunhassem na corte e quando nem eram consideradas membros valiosos para a sociedade, que mensagem especial Cristo dá a cada um de nós, homens e mulheres.”

A unção

Cristo e as mulheres

Smith também acredita que o vídeo que fala sobre a mulher que ungiu os pés de Jesus é especial. Junto à série de vídeos sobre as mulheres e Cristo, Smith também criou vários vídeos que descrevem os simbolismos associados aos templos. Um deles em especial ajuda a entender o verdadeiro significado de ser ungido.

“É muito mais do que geralmente podemos pensar no contexto de quando vamos ao templo,” ele disse.

“Profetas foram ungidos, sacerdotes foram ungidos, reis foram ungidos. E aqui temos a história de Jesus que é todos os três. Ele é o Profeta, o Sacerdote e o Rei. E Ele está sendo ungido, e não é por um homem, mas por uma mulher. Quão poderoso é isso.”

O processo criativo

Ao reconhecer o privilégio sagrado que é contar uma história, Smith e Pack convidam o Espírito em cada fase do processo criativo. Pack descreve como uma oportunidade de aconselhar e discernir um curso de ação adequado.

“Às vezes desejo que as pessoas pudessem dar uma espiada e pudessem ouvir o que Daniel e eu discutimos, porque nós sempre questionamos ‘e que tal isso’ e ‘e que tal aquilo’. Acredito que essas sejam inspirações, e essas ideias que são inseridas no roteiro.”

Para Smith, o Espírito fica evidente através da inspiração e orientação que recebe. “Não há dúvidas de que houve muitas vezes onde eu ou não sabia como dizer algo ou não sabia como transmitir algo, e só aconteceu”, ele disse.

Para Pack, o processo de escrita em si é muitas vezes uma experiência emocional.

“Sei que quando chega o momento de realmente sentar e escrever, eu sempre faço uma oração e peço ao Pai Celestial que me ajude a ver essa mulher da maneira que Ele a vê. E tenho sido abençoada por ter essas experiências, então eu quase sinto como se houvesse uma equipe me ajudando a escrever.”

Enquanto Pack se esforça para ter o dom da caridade e a habilidade de ter uma profunda empatia pelas dificuldades de outra mulher, uma mulher que ela não conheceu, essas histórias das escrituras se tornaram especialmente vivas para ela.

Permanecer centralizados em Cristo

Ao aprender com essas narrativas, Smith e Pack descobriram a importância de manter Cristo como o foco principal. Ao ser questionado sobre como manter Cristo como o centro de seus estudos, Smith disse,

“Acredito que é sempre buscar a Cristo… Quando você está estudando essas histórias, seja de um homem ou mulher, ou de uma criança, ou de uma pessoa má ou de uma pessoa justa, todos eles são filhos de Deus, e todos têm pelo menos alguns aspectos que podem nos ensinar sobre os atributos e características de Cristo.”

Ver Cristo através dos olhos de outra pessoa pode ser uma maneira poderosa de desenvolver um relacionamento pessoal com Ele e entender Sua natureza. Smith aponta que,

“Se você não sabe que Cristo é misericordioso nas escrituras, por que Ele será misericordioso com você? Se você não sabe que Cristo perdoa nas escrituras, por que ele perdoará você?

E ao examinarmos as histórias, em particular as histórias dessas mulheres, então podemos olhar e dizer, ‘Certo, como Cristo está ensinando e tratando essa mulher?’ Porque essa é a mesma maneira que Ele nos tratará.”

Quanto mais buscamos nas escrituras, mais descobrimos sobre como Cristo está disposto a se aproximar de todos com ternura e compaixão.

Smith tem aprendido muito ao cultivar essa perspectiva. Em resposta ao conselho do Presidente Nelson para ‘Ouvir o Senhor’, Smith sempre se pergunta, ‘Como posso ouvir o Senhor nessa história?’ O resultado o surpreende sempre que ele põe em prática.

“Todas as vezes que fiz isso, terminei conhecendo melhor que é Cristo”, ele disse.

“Se eu somente ler como uma história, não é a mesma coisa. Mas quando peço, ‘Como posso ouvi-Lo? Como posso ver quem Cristo é através de como Ele trata essas pessoas? Como Ele trata essas mulheres? Como Ele trata essas crianças?’ É aí que sou capaz de dizer, ‘Certo. Eu posso saber.’”

Como Cristo trata as mulheres

Nas histórias em que mulheres interagiram com Jesus, Pack não pode deixar de notar a maneira amável que Cristo as tratou. Ela disse,

“Quando você como as mulheres foram tratadas pelos fariseus, os líderes judeus, os sacerdotes, em comparação a como Cristo as tratou, existe uma poderosa mensagem sobre nós e Cristo. As mulheres não eram tocadas… não era considera certo tocar uma mulher, porque ela poderia estar impura.

E temos tantos exemplos de Cristo quebrando essa regra em sua essência, mesmo que não seja realmente uma regra, e você encontra todas essas histórias sobre Ele tocando essas mulheres. Ele tocou na mulher adúltera, ele deixou uma mulher ungir Seus pés, Ele tocou na viúva de Naim. Isto é tudo muito poderoso quando você entende o contexto histórico.”

Pack continua, “Quando estamos dispostos a ver que Cristo estava disposto a transformar o mais longe possível do que era dito sobre as mulheres, quebramos uma barreira que nos ajuda a ver como Cristo verdadeiramente via aquelas mulheres. E então aprendemos a ver como Cristo realmente nos vê.

Em um mundo onde podemos nos sentir sem voz, podemos nos sentir oprimidas, podemos nos sentir assediadas, assim como elas devem ter se sentido pelos fariseus e os líderes daquela época, sabemos que temos alguém que está disposto a romper tudo isso, a se comunicar e a nos tocar, e fazer com que saibamos que temos valor.”

Para Pack, é reconfortante saber que Cristo valorizou mulheres reais e autênticas que entendem perfeitamente as lutas da vida cotidiana.

“Elas foram mulheres reais que realmente amavam, tinha ocupações e tinham estresse. Elas tinha tarefas diárias para cumprir, assim como nós.

o salvador e minha doença crônica

One By One – Walter Rane

E podemos aprender a amá-las, assim como amamos as pessoas em nossas vidas agora, mas, ao fazermos isso, o que realmente faremos é amar a Cristo de uma maneira que talvez ainda não amamos. Essas mulheres têm uma história para contar. Elas têm lições para ensinar, e tudo aponta para Cristo.”

Como Smith saberá se a série de vídeos ‘Women and Christ’ é um sucesso? Ele afirma,

“Minha esperança com isso é que quando alguém assistir um desses vídeos, essa pessoa terminará querendo estudar mais as escrituras e aprender mais sobre o Salvador… Quero que alguém diga, que talvez tenha dificuldades em estudar as escrituras… ‘Acho que quero ler essa escritura novamente. Quero ler essa história novamente e buscar a Cristo.’”

Fonte: LDS Living

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