5 dicas para quando seu filho se afasta da Igreja
Melinda Wheelright Brown, mãe e escritura, compartilhou ensinamentos valiosos para pais que enfrentam o desafio de ver um filho se afastar da Igreja.
Com base em suas experiências pessoais, ela apresentou cinco ideias práticas para ajudar os pais a lidar com essa situação de forma amorosa e equilibrada. Veja abaixo.
1. Pense a longo prazo
Quando a filha mais nova de Melinda comunicou que eiria se afastar da Igreja, ela e o marido estavam sentados à mesa da cozinha com ela. Na época, a filha ainda estava no ensino médio e viveria em casa por mais 14 meses antes de ir para a universidade.
Nas semanas que se seguiram, Melinda e o marido decidiram que seria essencial “pensar a longo prazo”. Em vez de tentar pressioná-la a voltar rapidamente para a Igreja, eles priorizaram deixar claro que a amavam incondicionalmente e valorizavam o relacionamento com ela.
“Se perdermos o acesso a ela, perderemos nossa influência”, explica Melinda. Ela mencionou que sua irmã também havia se afastado da Igreja quando jovem, e a família, ao longo de 40 anos, aprendeu lições incríveis sobre o amor cristão através dessa experiência.
“Acho que o exemplo dela realmente influenciou a forma como nossa família enxergou essa situação: isso não precisa ser resolvido em algumas semanas ou meses. Está tudo bem se levar anos. Vamos chegar lá, e todos seremos melhores por isso”, reflete Melinda.
Ela enfatizou que o caminho de cada indivíduo é único, e que, ao adotar essa mentalidade de longo prazo, é possível encontrar soluções mais significativas.
“Estamos todos jogando um jogo a longo prazo. Ninguém precisa ter uma mentalidade imediatista. Cada pessoa é única e digna de ser amada, e eu realmente confio que você pode encontrar o caminho certo para seguir em frente.”
2. Foque nos pontos positivos
Uma das estratégias de Melinda é destacar as qualidades positivas de sua filha, reconhecendo e valorizando seus esforços e atributos. “Tenho me esforçado para identificar características cristãs nela e destacá-las,” diz Melinda.
“Nem sempre as chamo de ‘atributos cristãos’ diretamente, mas posso dizer algo como: ‘Sua generosidade é fenomenal. Aprendo tanto ao observar como você compartilha com seus amigos e as pessoas ao seu redor. Você é um presente.’”
Além disso, Melinda procura ouvir com atenção. Essa prática não apenas fortalece a conexão, mas também permite que ela elogie os valores que reconhece em ação na vida da filha.
3. Cultive a amizade
Melinda também acredita na importância de manter a harmonia e agir de forma natural ao interagir com a filha, evitando que ela se sinta como uma decepção constante.
“No início, minha filha costumava dizer: ‘Eu sei que vocês estão desapontados comigo.’ E nós respondíamos: ‘Querida, estamos trabalhando essas coisas junto com você. Nós te adoramos e te amamos. Vamos superar isso. Não se preocupe, vamos descobrir o caminho,’” relata Melinda.
Ela percebeu que essa abordagem, apesar de desafiadora, tinha um efeito tranquilizador. “Mesmo que no início ela ficasse na defensiva e resistisse um pouco, pude perceber que isso a acalmava.”
Embora Melinda nem sempre se sentisse calma interiormente, ela se comprometeu a transmitir normalidade e otimismo. Com o tempo e prática, tornou-se mais fácil.
“Depois de alguns meses, comecei a falar sobre isso com mais tranquilidade, e se alguém mencionava uma situação parecida que estava devastando, eu dizia: ‘Ah, estamos passando por isso em nossa família. Sabe de uma coisa? Vai ficar tudo bem. Você vai superar. Continue amando. Ame ainda mais!’”
4. Mude a terminologia
Melinda destaca a importância das palavras que usamos ao nos referirmos a quem se afastou da Igreja. Termos como “perdido,” “desviado” ou “afastado” podem ser dolorosos e criar barreiras desnecessárias.
“As palavras realmente importam. Na minha opinião, ‘afastado’ é uma palavra horrível, porque me lembra de um gato de rua – indesejado, não amado, ignorado, um fardo, um incômodo. Vamos abolir esse tipo de linguagem,” afirma Melinda.
Ela explica que o uso de termos inadequados pode dificultar o retorno dessas pessoas à Igreja. Nossa forma de falar pode, sem querer, erguer muros entre nós e nossos entes queridos. Em vez disso, Melinda sugere que usemos uma linguagem que una e acolha.
Para falar sobre sua filha, ela prefere termos como “nossa aventureira.”
“Todos nós somos propensos a nos afastar. Desde que reconheçamos que também estamos vagando, esse é um termo seguro. Mas… falamos sobre ela trilhar seu próprio caminho, encontrar uma forma única de chegar lá.”
Melinda usa uma metáfora interessante para ilustrar esse conceito:
“Se você espalhar um grande mapa, há milhões de maneiras de ir do ponto A ao ponto B. Até mesmo no GPS do celular, quando você faz um caminho errado, ele redireciona. Em poucos segundos, há uma nova rota para seguir. Acho que essa é uma metáfora útil para apreciarmos que existem muitos caminhos, e todos são caminhos de aprendizado.”
5. Compartilhe sua experiência com outros membros
Melinda descobriu que abrir-se sobre sua experiência com outros membros da Igreja trouxe força e novas ideias.
“Uma das minhas amigas mais próximas dizia frequentemente: ‘Você só precisa permanecer junto à árvore e parecer feliz. Não fique lá chorando, pareça feliz.’ E isso me ajudou a superar muitos momentos difíceis,” relata Melinda.
Ela também percebeu que conversas abertas ajudam a aliviar qualquer vergonha ou culpa que os pais possam sentir. Reconhecer que nenhuma família é perfeita é um passo importante para a cura.
“Se o objetivo é menos julgamento, então esse tipo de discussão é incrivelmente útil,” afirma.
“Cada indivíduo é diferente, cada história é única, e todo mundo aprende algo. Acho que, se pudéssemos compilar nossos pensamentos e o que aprendemos, poderíamos criar uma espécie de ‘manual prático’ para superar os momentos difíceis, porque eles ainda acontecem. … Ganhamos tanta força ao nos apoiar uns nos outros e compartilhar ideias simples.”
Fonte: LDS Living
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Posto original de Maisfé.org
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