O que a Igreja de Jesus Cristo já disse sobre feminismo?

Essa pergunta sobre a posição de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias em relação ao feminismo é muito relevante. Por meio dela, podemos esclarecer como a Igreja vê o papel das mulheres em seus ensinamentos e práticas. 

A Igreja de Jesus aborda essa questão à luz de suas crenças fundamentais sobre a natureza divina das mulheres, a igualdade entre homens e mulheres, e seus papéis complementares dentro do plano de felicidade de Deus.

Ao falar sobre isso, devemos lembrar que a Igreja reconhece o valor eterno de cada filha de Deus, e que sua contribuição — seja no lar, na comunidade ou na Igreja — é insubstituível.

Parceria e propósito no plano divino

Em primeiro lugar, aprendemos que a organização mais importante da Terra é a família, na qual “pais e mães são parceiros iguais”. Homens e mulheres cumprem seu propósito mais elevado juntos, como marido e esposa, e não separadamente. Também aprendemos que:

 “Os homens e as mulheres são iguais à vista de Deus e da Igreja”. 

Contudo, eles também são diferentes, com papéis diferentes dentro da família. O casamento, por exemplo, exige uma plena parceria em que a mulher e o marido trabalhem lado a lado para atender às necessidades da família. 

Por isso, a Igreja afirma que as mulheres são uma parte essencial do plano de felicidade, e esse plano não funciona sem elas. A doutrina da Igreja é clara: as mulheres são filhas de nosso Pai Celestial, que as ama. 

Ele colocou sobre todas as suas filhas qualidades divinas de força, virtude, amor e disposição de sacrifício para criar as futuras gerações de Seus filhos espirituais. 

Serviço, liderança e fé

Na Igreja de Jesus Cristo as mulheres desempenham papéis vitais, assim como na vida familiar e individualmente, os quais são essenciais ao plano do Pai Celestial. Em Tópicos do Evangelho lemos:

“As mulheres participam no trabalho de salvação que inclui o trabalho missionário dos membros, a retenção de conversos, a ativação de membros menos ativos, o trabalho do templo e de história da família, o ensino do evangelho e o cuidado dos pobres e necessitados.”

Dentro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias as mulheres pertencem e servem em uma organização chamada Sociedade de Socorro. Elas também servem e lideram nas organizações das Moças (para jovens de 12 a 18 anos) e da Primária (para crianças de 18 meses a 11 anos). 

As mulheres dão aulas na Escola Dominical e têm a oportunidade de orar e falar em reuniões locais e gerais da Igreja. A irmã J. Anette Dennis ensinou:

“Queridas irmãs, cada uma de nós tem a oportunidade de se associar ao Senhor de maneira poderosa por meio de nossos convênios. (…) Uma dessas bênçãos é a parceria reconfortante e duradoura de nosso Salvador Jesus Cristo em ‘todas as nossas ações’. Nunca estamos sozinhas. Não precisamos enfrentar os desafios, as incertezas e as fraquezas da vida sozinhas. Ele estará ao nosso lado; essa é a nossa promessa e bênção do convênio. Ele ama vocês e deseja fazer parte de sua vida, de suas preocupações, de sua felicidade e de suas decisões. Jesus Cristo deseja dar-lhes Seu alívio.”

Essa visão reforça que o papel das mulheres na Igreja está conectado ao Salvador e aos convênios que fazem com Ele — e é por meio dessa conexão que elas encontram força, direção e propósito.

Realidades diferentes, fé em comum

Hoje, a Igreja reconhece os muitos desafios enfrentados pelas mulheres, inclusive aquelas que se esforçam para viver o evangelho. Esses desafios podem incluir casamento, a falta dele, escolhas dos filhos, problemas de saúde, falta de oportunidades e muitos outros. 

Assim, apesar dos desafios, o Presidente Gordon B. Hinckley as descreveu como:

“Extraordinariamente fortes, inamovíveis e leais à fé”. (…) Elas constantemente “[socorrem] os fracos, [erguem] as mãos que pendem e [fortalecem] os joelhos enfraquecidos”.

O Presidente Gordon B. Hinckley também expressou profunda admiração pelas mulheres, reconhecendo seus diversos papéis como companheiras, donas de casa, gerentes, enfermeiras, motoristas, e a força na vida de seus filhos e netos. 

Além disso, ele incentivou as mulheres a não se sentirem como fracassos, mas a fazerem o seu melhor e confiarem no Senhor.

Muitas mulheres da Igreja vivem realidades desafiadoras: algumas criam os filhos sozinhas, outras equilibram carreira e responsabilidades familiares, e há ainda aquelas que enfrentam limitações de saúde ou solidão. 

Mesmo assim, elas seguem firmes na fé, servindo com amor e força onde são chamadas. Esses exemplos diários, muitas vezes silenciosos, são poderosos testemunhos da fé e do compromisso das mulheres com o evangelho de Jesus Cristo.

A visão da Igreja de Jesus Cristo sobre o feminismo

Com respeito direto à palavra “feminismo”, em um artigo publicado na edição de 2020 da revista New Era, lemos que:

“O feminismo pode significar coisas diferentes para pessoas diferentes. Às vezes, refere-se a esforços para garantir os direitos humanos básicos e a justiça fundamental para as mulheres, bem como a incentivar as mulheres a obter uma educação, desenvolver seus talentos e servir à humanidade em qualquer área que escolherem. Os Santos dos Últimos Dias apoiam essas coisas.

No entanto, às vezes, certas filosofias e movimentos sociais que usam o rótulo de feminismo defendem ideias extremas que não estão em harmonia com os ensinamentos do evangelho. Isso pode levar as pessoas a se distraírem dos ideais de casamento e família (ou até mesmo a agirem contra eles). Os Santos dos Últimos Dias desaprovam essas coisas.

Da mesma forma, também desaprovamos extremos como o chauvinismo masculino, o sexismo, o machismo ou qualquer outra influência cultural que leve os homens a pensar e agir de maneiras que não estejam em harmonia com os ensinamentos do evangelho sobre respeito, amor, modéstia, castidade, igualdade e responsabilidades familiares.”

Portanto, a posição da Igreja é equilibrada: rejeita excessos de qualquer lado e se alinha com princípios eternos de respeito, dignidade e parceria entre os gêneros.

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Mulheres incríveis a serviço do evangelho

Em resumo, a posição da Igreja não se alinha com filosofias que minam o papel divinamente estabelecido da família e os ideais de casamento. Contudo, apoia plenamente a igualdade entre homens e mulheres e os esforços para garantir justiça, oportunidades e desenvolvimento para elas.

O Elder Quentin L. Cook fez eco ao sentimento de Wallace Stegner, ao declarar:

“Nossas mulheres da Igreja são incríveis!”

A Igreja admira e é grata pelo serviço, sacrifício e empenho das mulheres. Elas desempenham um papel fundamental no lar, na Igreja e na sociedade.

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