A importância do bom humor na perspectiva do Evangelho de Cristo
Em Provérbios lemos: ” O coração alegre formoseia o rosto” (15:13) e “O coração alegre serve de bom remédio” (17:22). Os líderes da Igreja também ensinaram a importância do bom-humor.
O Presidente Hugh B. Brown disse:
“Quero que vocês sorriam, afinal de contas, temos de manter o bom humor haja o que houver. Em minha opinião, deveríamos ser as pessoas mais felizes do mundo. Nossa mensagem é a melhor de todas. Acho que quando formos para o outro mundo, seremos recebidos com um sorriso (exceto se formos para o lugar errado, onde seremos recebidos com escárnio). Portanto, sejamos felizes; e que a nossa felicidade seja genuína, que ela venha de nosso íntimo”. [The Abundant Life (A Vida Plena), 1965, p. 83.]
O Élder Bruce D. Porter dos Setenta contou algumas experiências sobre pessoas que tinham ótimo ânimo:
“Meu companheiro de missão, Paul, era uma pessoa que sempre irradiava alegria. Quando era um jovem pai, ele foi acometido de esclerose múltipla. Mas, apesar da adversidade que se seguiu, ele continuou a servir com alegria e bom humor. Certa vez ele entrou no meu escritório, em sua primeira cadeira de rodas, e afirmou: “A vida só começa quando se tem a primeira cadeira de rodas motorizada!” Vou sempre me lembrar dele, poucos anos antes de ele morrer, segurando a tocha Olímpica, na cadeira de rodas, enquanto centenas de pessoas o aplaudiam. Assim como aquela chama perene, a fé do Paul jamais esmaeceu na tempestade da vida.
Quando eu era aluno da Universidade Brigham Young, morava em uma casa com vários rapazes. Meu colega de quarto, Bruce, era a pessoa mais otimista que já conheci. Nunca o ouvi dizer nada negativo a respeito de qualquer pessoa ou situação, e era impossível não nos sentirmos bem animados em sua presença. Seu bom ânimo fluía de uma duradoura confiança no Salvador e em Seu evangelho.
Numa gélida manhã de inverno, outro amigo meu, Tom, estava caminhando pelo campus da universidade. Ainda eram 7 horas da manhã, e o campus estava deserto e escuro. Caía uma nevasca pesada, acompanhada de forte vento. “Que tempo horrível”, pensou Tom. Ele continuou a caminhar, e no meio da escuridão e da neve, ele ouviu alguém cantando.
Como era de se esperar, no meio da forte neve apareceu nosso amigo sempre otimista, Bruce. Com os braços estendidos para o céu, ele estava entoando uma canção do musical da Broadway Oklahoma: “Oh, que bela manhã! Oh, que dia bonito! Tenho um sentimento maravilhoso, tudo está a meu favor” (ver Richard Rodgers e Oscar Hammerstein II, “Oh, What a Beautiful Mornin”, 1943).
Nos anos que se seguiram, aquela límpida voz em meio a uma tempestade tenebrosa, tornou-se para mim um símbolo do que significa ter fé e esperança. Mesmo em um mundo cada vez mais tenebroso, nós, como santos dos últimos dias, podemos cantar com alegria, sabendo que os poderes do céu estão com a Igreja e o povo de Deus. Regozijemo-nos no conhecimento de que uma bela manhã está por vir — a alvorada do dia milenar, quando o Filho de Deus Se levantará no Oriente e reinará novamente na Terra.” (Conferência Geral abril de 2013)
Os profetas de Deus e suas esposas irradiam otimismo e são cheios de bom humor. Eles exemplificam como devemos ser.
O lar da família do Presidente Gordon B. Hinckley era cheio de risadas. Marjorie, esposa dele, disse certa vez:
“O único jeito de levar a vida é rir do jeito que a vida nos leva. Você pode escolher entre rir ou chorar. Eu prefiro rir. Chorar me dá dor de cabeça” (Marjorie Pay Hinckley, em Glimpses into the Life and Heart of Marjorie Pay Hinckley [Vislumbres na Vida e no Coração de Marjorie Pay Hinckley], ed. Virginia H. Pearce, 1999, p. 107.)
O presidente Gordon B. Hinckley disse:
“Temos todas as razões para sermos otimistas neste mundo. Somos cercados por tragédias, é verdade. Há problemas em toda parte, sem dúvida. Mas (…) não se pode, não se consegue construir nada com pessimismo ou cinismo. Observando com otimismo e trabalhando com fé, as coisas acontecem” (Citado por Jeffrey R. Holland, “Presidente Gordon B. Hinckley: Mostrando Real Valor”, p. 2.)
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