Por que não devemos “pagar na mesma moeda”?

“Olho por olho, dente por dente”, quem nunca ouviu essa expressão? E o que exatamente ela significa? É uma lei segundo a qual o ofendido tinha direito a causar a quem o ofendesse um dano igual ao recebido. No Antigo Testamento vemos esta referência acerca dessa lei:

“Mas se houver dano, então darás vida por vida. Olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé. Queimadura por queimadura, ferida por ferida, golpe por golpe.” (Êxodo 21:23-25) – Este texto está em um contexto onde um homem briga e fere uma mulher grávida.

Porém, sabemos que Jesus veio para mudar a lei antiga e o Novo Testamento nos trás outra visão acerca dessa lei.

“Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente. Eu vos digo, porém, que não resistais ao homem mau; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra.” (Mateus 5:38-39)

Por que é tão mais fácil e instintivo agir conforme a lei do Antigo Testamento? O ser humano por natureza é pecador e agir conforme a lei dada em Mateus vai contra essa natureza. Pagar na mesma moeda é o desejo de todos e hoje em dia segundo a lei moral dos homens, podemos causar os mesmos danos que os outros nos causarem. Mas estaríamos assim sendo semelhantes a Cristo?

José foi um homem que poderia ter pagado os atos de seus irmãos com a mesma moeda. E mesmo vivendo na época em que esta era a lei dada pelo Senhor, ele perdoou seus irmãos por terem-no jogado em uma cova e o vendido como escravo (Gênesis 37-45). A dificuldade de perdoar seus irmãos não fez com que ele pecasse contra eles.

evitar o pecado

Quantas vezes por raiva, por sentimentos de injustiça, ou até pelo fato de não conseguirmos perdoar alguém, deixamos esse sentimento nos dominar e queremos dar o troco na pessoa com a mesma moeda? Quantas vezes alguém te ofende e, por ser sem motivo ou razão, você se acha no direito de revidar? Mas Deus nos diz:

“A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.” (Provérbios 15:1)

“O homem irascível suscita contendas, mas o longânimo apaziguará a luta.” (Provérbios 15:18)

“Deixa a ira, e abandona o furor; não te indignes, porque isso só leva ao mal.”(Salmos 37:8)

“Não te apresses no teu espírito a irar-te, porque a ira repousa no seio dos tolos.”( Eclesiastes 7:9)

Muitos podem achar que pagar na mesma moeda é a melhor solução, mas não para o cristão! Tenho um amigo que há um tempo queria muito revidar com a mesma moeda, ou até de uma forma pior! Uma coisa bem comum hoje no mundo são pessoas que “não levam desaforo para casa”.

Meu amigo era uma dessas pessoas. Perguntei pra ele até que ponto era vantagem revidar. Um espírito manso hoje em dia é uma forma de proteção que Deus nos dá. Talvez para nós, revidar a uma provocação seja só na fala, mas para quem não conhece a Cristo, pode ser muito mais.

Quantos casos existem em que por uma brincadeira ou uma ofensa, o próximo se sentiu ofendido a ponto de partir para briga, ou até mesmo em casos extremos, provocações que levam a morte?

Como cristãos, é importante lembrar que, para nós, por tentarmos viver uma vida de acordo com a vontade de Cristo, o pagamento na mesma moeda não é legal.

Pense que cair em provocações pode ser prejudicial não só para sua vida espiritual, mas para seu físico também. Deixar a ira dominar dará um gosto de “vitória” a Satanás. Fortes são aqueles que sabem ignorar quando necessário, e não os que não levam desaforo para casa.

“Se o que te odeia tiver fome, dá-lhe pão para comer; e se tiver sede, dá-lhe água para beber. Porque assim brasas lhe amontoarás sobre a cabeça, e o Senhor to pagará.” (Provérbios 25:21-22)

Temos que andar alertas e vigilantes, pois o diabo é atento a cada “detalhezinho” e às vezes à uma simples provocação podemos acabar revidando e consequentemente acabamos por pecar!

“Vede que ninguém dê a outrem mal por mal, mas segui sempre o bem, assim uns para com os outros, como para com todos.” (Tessalonicenses 5:15)

Deus é justo. Não precisamos fazer justiça com nossas próprias mãos. Aqueles que praticam o mal terão que colhê-lo.

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