Com certeza vou começar a dizer “A Igreja de Jesus Cristo”
Aqui estou eu escrevendo um artigo em um site que ajudei a crescer chamado “MormonSUD.”
Na minha área de trabalho, tenho plena consciência da importância da palavra “mórmon” nos sites de busca.
E talvez tenha falado algumas vezes que somente pessoas mais velhas tinham algum problema com a palavra “mórmon.”
Então, você talvez pense que eu me juntaria a diversas pessoas que criticam o esforço da Igreja em focar no nome “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.”
Mas não é bem assim.
Seguir o Profeta
Há pouco falou em seguir as instruções do profeta sem pensar sobre isso. Como um grupo, santos dos últimos dias deveriam estar pensando sobre isso, conversando sobre isso. Temos visto essa conversa em publicações do Twitter e Facebook.
Talvez ver essas publicações em todo o lugar pode ser preocupante, mas precisamos aceitar que as redes sociais são o novo sofá da sala. Pessoas que contam piadas ou perguntam sobre os motivos da nova diretriz não são menos fiéis do que aqueles que fizeram isso em casa com suas famílias e a amigos, anos atrás.
O mais importante acontece logo após isso.
Um profeta não teria utilidade, se ele refletisse apenas nosso conhecimento. Se nós, a comunidade da Igreja, decidirmos que sabemos a melhor maneira de usar o nome da Igreja e que entendemos de divulgação, direitos autorais, ou natureza humana melhor do que o profeta, estaremos prejudicando os esforços antes mesmo deles começarem.
E honestamente, eu tenho o desejo honesto de tentar seguir as novas diretrizes.
Mas há preocupações reais
Mesmo assim, há algumas preocupações genuínas. Confira algumas delas e como eu achei as respostas:
1 – A campanha “Eu sou mórmon” não foi inspirada?
Se o Senhor queria que parássemos de usar a palavra “Mórmon,” então por que a Igreja usou a palavra tanto nos últimos quinze anos?
O período da campanha aconteceu durante quatro candidaturas presidenciais de membros da Igreja nos Estados Unidos, um musical da Broadway baseado no Livro de Mórmon, e tanta cobertura da imprensa que muitos chamaram a época de “O Momento Mórmon.”
É bem possível que o foco no termo “mórmon” foi essencial para ajudar a Igreja durante esse período histórico, mas agora estamos entrando em uma nova fase na história da Igreja. O novo foco vai ajudar a alavancar a obra em uma direção diferente.
2 – “Vai tudo mudar de novo nos próximos quinze anos”
A ênfase pode mudar sim. Mas e daí? Quando eu decidi usar o termo “mórmon” muitos anos atrás, isso me deu a oportunidade de focar na cultura do mormonismo, o profeta mórmon, e o Livro de Mórmon. Essas ênfases me ajudaram a abraçar o evangelho de uma maneira nova.
Agora há uma nova ênfase. Eu penso que começaremos a focar mais em Jesus Cristo, meu papel como um “santo,” e a natureza da Igreja restaurada.
Mudar a palavra que usamos pode trazer diversas experiências espirituais. Isso pode nos ajudar a refletir sobre o significado de quem realmente somos.
Uma das vantagens de ter uma Igreja viva é que ela irá se adaptar em tempos modernos. Não razões para que essa diretriz não seja revertida diversas vezes para beneficiar pessoas de épocas diferentes.
3 – “Ninguém mais vai seguir isso”
Há uma possibilidade real de que fora da Igreja as pessoas e canais de notícias simplesmente vão ignorar a nova declaração.
Uma forma de ter certeza que eles não mudem é não mudarmos nós mesmos. Prever que a mudança não vai dar certo é uma “profecia” que é cumprida em si mesmo.
Mas eu espero que a mudança seja um sucesso. A amplitude dessa mudança é muito mais substancial do que anúncios semelhantes no passado. Além de ser pedido que paremos de usar o termo “Igreja Mórmon,” usos adicionais do termo “mórmon” que antes eram aceitáveis agora foram eliminados. Outras siglas que eram usadas no lugar do termo “mórmon”, por exemplo, o termo “SUD” agora são desencorajados.
Conforme os canais oficiais mudem, a mudança ficará cada vez mais tangível. Vamos nos acostumar a usar as novas diretrizes conforme usemos os novos termos que serão divulgados pela Igreja.
4 – “Vamos deixar que outras pessoas dominem o termo”
Minha preocupação principal é que quando não usamos o termo “mórmon” as pessoas que buscam o termo “mórmon” no Google vão ser direcionados para qualquer site que use essa palavra.
Mas não estamos mais na era do uso excessivo de palavras-chave para optimização de conteúdo. Google está mais inteligente, e quando eu busco o termo “mórmon” ele entende que eu quis dizer “santos dos últimos dias.”
Ninguém está sugerindo que a Igreja desista do domínio mormon.org, para que seja substituído por um que diga santosdosúltimosdias.org.
Mas o ambiente online mudou tanto que a tática defensiva de tentar dominar o termo “mórmon” não são mais necessários para conectar com nossa audiência.
5 – “Mas é um nome tão longo…”
Concordo. A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias é um nome bem longo. Mas a Igreja nunca sugeriu que o usássemos o nome completo mais do que estamos acostumados a usar.
Ao invés disso, foi sugerido que mudássemos a maneira de encurtar o nome.
Ao invés de dizer que somos “mórmons”, dizemos que somos “santos dos últimos dias.”
Ao invés de dizer “A Igreja Mórmon” ou “A Igreja dos Santos dos Últimos Dias”, dizemos “A Igreja de Jesus Cristo.”
Nesses casos, usamos mais palavras sim, mas nem tanto. Se as pessoas conseguem usar “Católico Ortodoxo Romano”, “Adventistas do Sétimo Dias,” ou “Testemunhas de Jeová,” podemos facilmente adicionar “Santos dos Últimos Dias” na lista.
Estamos perdendo os benefícios de vista
Ao focar no porquê disso não funcionar, eu acho que estamos perdendo de vista os benefícios que isso trará para a Igreja.
Pensar nessas mudanças já me fez reconsiderar minha identidade e meu relacionamento com a Igreja e Jesus Cristo. Eu pensei sobre como estamos conectados à igreja do Novo Testamento, e como eu posso me apresentar como um “santo” sem parecer incrivelmente arrogante.
“Mórmon” é um nome muito útil para distinguir nossa fé das muitas outras que compartilham nossas crenças cristãs. Mas uma parte importante de nossa doutrina é que não somos meramente seguidores de Cristo, mas Seus representantes para o mundo.
Toda vez que descrevemos a nós mesmos ou a nossa fé seguindo a declaração do profeta essas responsabilidades ficam evidentes em nossos ombros. Já pensei nas famílias que eu ministro três vezes ao escrever este artigo pensando sobre meu papel como um “santo dos últimos dias” e como minha cultura é “o evangelho restaurado de Jesus Cristo”.
E isso não é meramente uma mudança de estilo. O Senhor nos instrui frequentemente sobre a necessidade de tomar sobre nós o Seu nome. Essa instrução pode significar muitas coisas em muitas circunstâncias. Mas seguramente, aplicar essa instrução literalmente nos próximos anos é uma maneira muito útil de aplicar as escrituras.
Embora Doutrina e Convênios seja o livro que oficialmente fale sobre o nome da Igreja, O Livro de Mórmon pode nos ajudar a entender sobre o quão importante é o nosso nome. Quando Cristo está visitando os nefitas, ele os instrui:
“Deveis tomar sobre vós o nome de Cristo… porque por esse nome sereis chamados no último dia;… por conseguinte chamareis a igreja pelo meu nome… a fim de que [o Pai] abençoe a igreja por minha causa.”
(Ver 3 Néfi 27: 3 – 10.)
Uma parte importante de seguir o profeta é reconhecer que o Senhor terá diferentes ênfases em diferentes momentos e por diferentes razões. Por alguma razão, o profeta recebeu a inspiração que essa ênfase abençoará a Igreja.
Não tenho certeza se conheço todas as razões, mas sei que vou tentar. E gostaria de ver o que pode acontecer se todos tentarmos juntos.
Fonte: MormonHUB
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