O que a história da família me ensinou sobre a vida após a morte
Você gostaria de ser esquecido por sua família? Seus antepassados também não!
Desde criança, sempre via minha avó materna envolvida no evangelho, e aos domingos ela sempre conversava com outros irmãos da Ala sobre genealogia, podia ver seu sorriso enquanto tocava neste assunto. Na época tive o privilégio de acompanhá-la em uma de suas viagens até outro estado no qual havia nascido, para buscar alguns registros dos familiares, para conseguir levar ao templo na próxima caravana.
Quando ela finalmente conseguiu, ficou tão feliz que compartilhou comigo uma descoberta sobre sua avó que até então não sabia, foi como viajarmos juntas no passado. Embora, nada tenha se comparado quando ao voltar do templo prestou seu testemunho sobre as maravilhas de ir à casa do Senhor levando os nomes dos antepassados.
Com o decorrer dos anos, vi essa mesma avó sofrer emocionalmente e fisicamente devido a sérios problemas de saúde que começou a enfrentar quando a velhice foi chegando. Eu sabia que os problemas da idade a debilitavam muito. Mas, nós sempre conversamos sobre a maravilha da ressurreição e de um dia voltarmos a presença do Pai Celestial em perfeito estado reencontrando nossa família, isso preenchia nossos corações de esperança com alegria. Quando minha avó veio a falecer mesmo sentindo tristeza, a paz de Cristo confortou minha alma por saber sobre o plano de salvação.
Após alguns meses, decidi seguir seu exemplo em fazer genealogia, e levar os nomes dos meus bisavós para o templo. No início encontrei dificuldades em recolher certas informações necessárias, parecia quase impossível, isso levou-me a jejuar e orar pedindo ajuda do Pai Celestial. Uma dúvida pessoal em relação as informações que eu buscava foram comigo no meu sono, mas não esperava ter uma bela experiência através de um sonho no qual mudaria por completo minha visão sobre vida após a morte.
Um sonho especial
Lembro-me, de estar em uma sacramental vazia e ver um homem de roupa branca sentar-se em um dos bancos esperando por alguém. Depois, vi uma cortina se abrindo, minha vó entrando usando vestido branco caminhando até mim, o homem sentado no banco da sacramental levantou-se e ficou ao lado dela. Havia algo diferente, ela estava jovem! Em perfeito estado. Fiquei tão feliz! Aproveitei para lhe fazer uma pergunta, imediatamente ela me confirmou com uma suave e convicta voz tudo que precisava saber.
Ao acordar, anotei em meu diário o sonho, soube que só havia tido esta experiência devido estar engajada de todo coração na história da família! Aprendi que nossos entes queridos não param do outro lado do véu, todos eles ficam felizes quando um de nós lembramos deles e levamos seu nome ao templo. Não existe velhice física nem debilidades. Tive um sentimento muito forte, em relação aquele homem do lado de minha avó, como se ele fosse um de meus antepassados.
Recentemente recordei-me desta maravilhosa experiência quando o presidente Nelson disse na conferência de Abril de 2019:
“No dia futuro em que a sua vida mortal terminar e você entrar no mundo dos espíritos, você vai se deparar com a seguinte pergunta: “Onde está a minha família?”
Coligar Israel para aqueles que estão no mundo espiritual é um dever de cada membro da igreja. Quão grande será nossa felicidade ao encontrarmos os entes queridos felizes por fazerem parte do convênio que proporciona as bênçãos da exaltação. Hoje posso dizer com convicção, todos podem ter experiências espirituais quando se engajam no trabalho do templo e história da família.
Escrito por Lívia Melo
O post O que a história da família me ensinou sobre a vida após a morte apareceu primeiro em Portal SUD.