Você está deixando sua indecisão guiar sua vida?
Você pode afirmar que está no controle de sua vida? Ou simplesmente está deixando a vida levar você e os acontecimentos de sua história? Em um artigo anterior, falamos sobre deixar o peso da passividade de lado. Como dito neste artigo, “não raro, nos esquecemos de que nossa história somos nós quem construímos” … Estamos nos lembrando disso?Quando somos indecisos e não fazemos escolhas conscientes, é o mesmo que disséssemos: “Ok, eu não estou me importando com os resultados”. Nossas decisões falam muito sobre nós e nossa falta de decisão também.
Se não tomarmos consciência de que nossas decisões são importantes, estaremos jogando nossa vida fora! Mostramos pouco ou quase nenhum interesse em viver os planos que o Senhor tem reservados para nós. É como se não existíssemos, apenas sobrevivêssemos.
A procrastinação e a indecisão podem prejudicar nossos esforços para voltar ao Pai Celestial. O Presidente Joseph Fielding Smith ensinou:
“A procrastinação no que se refere aos princípios do Evangelho, é ladra da vida eterna — que é a vida na presença do Pai e do Filho” (O Caminho da Perfeição, 1970, p. 182).
Não podemos deixar que a procrastinação e a indecisão dominem nossas vidas. Precisamos nos voltar para Cristo e pensar bem sobre nossas escolhas.
Noutros momentos, acharemos que por tudo estar indo bem, não precisamos fazer muitos esforços. E nós estamos enganados nisso. O Presidente Dallin H. Oaks disse:
“Ao refletirmos sobre várias escolhas, convém lembrar que não basta que algo seja bom. Há outras escolhas melhores, muito boas, e outras melhores ainda, excelentes” (“Bom, Muito Bom, Excelente”, A Liahona, novembro de 2007, p. 104).
Se estivermos indecisos, podemos buscar ao Senhor. Aprendemos em Tiago 1:5 que se alguém tem falta de sabedoria, pode pedir a Deus. Em Provérbios, capítulo 3, versículos de 5 a 7 lemos:
“Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas. Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal.”
Eis então algumas perguntas para termos sempre em mente:
Pergunta número 1: De que forma você quer viver a sua vida?
Vamos usar a imaginação. Imagine que você está com 90 anos, e começou a escrever uma autobiografia. O que você quer que seja escrito nela? Qual é a história que você quer contar que viveu? O que você não quer chegar na velhice sem ter feito? Seja sincero, não existe resposta certa ou errada, melhor ou pior. Talvez você queira escrever um livro de aventuras, um romance ou a história de uma vida tranquila e simples, não importa. Apenas seja verdadeiro, você está fazendo isso por você.
Após essa reflexão, procure ligar as suas possibilidades de escolha com a autobiografia que gostaria de escrever. Como cada opção se molda aquilo que você quer viver?
Pergunta número 2: Qual a pior coisa que pode acontecer se você tomar essa decisão?
Se o medo é o principal motivo da sua indecisão (geralmente é!), essa pergunta pode te ajudar muito. Talvez você queira escolher um caminho, mas esteja com muito medo do que vai acontecer. Você já se perguntou qual é realmente a pior coisa que pode acontecer? Essa decisão poderia causar algo terrível como, sei lá, a morte de alguém? Você poderia se machucar gravemente? Ou o pior que pode acontecer é você ter que lidar com uma decepção, um “não” ou um recomeço? Isso não é o fim do mundo, é? Com essa pergunta respondida, talvez você perceba que seu medo é exagerado e que não está correndo um risco tão grande assim. E o medo reduzirá de tamanho. E as coisas ficarão mais simples. É importante lembrar também que você sempre poderá escolher de novo. Você sempre pode escolher se perdoar, voltar atrás e corrigir. Não é o fim do mundo.
Pergunta número 3: Quem é que está decidindo?
Olhe para suas opções e responda: se eu escolher x, quem é que fez essa escolha? Se eu escolher y, quem terá escolhido? Realmente poderei dizer que EU escolhi?
Seja quem decide. Abrace a responsabilidade. Pegue a sua vida nas mãos. Ela é sua. Quando você deixa outra pessoa decidir algo para você de forma diferente do que você decidiria, apenas uma pessoa vai ficar feliz, e não é você. Dói muito mais tomar uma decisão errada porque se deixou influenciar por outra pessoa do que errar tendo tomado a responsabilidade pela sua decisão. No segundo caso, você erra, mas fica com a consciência limpa por ter tentado. No primeiro, você se sente um idiota completo.
Pergunta número 4: Como você vai se sentir?
A princípio talvez você sinta um alívio por ter feito a escolha “mais segura”, mas e depois? Essa escolha continuará te fazendo feliz, continuará tendo sentido para você?
Faça um exercício de visualização: imagine que você escolheu a opção x. Como você se vê vivendo essa decisão? Como se sente? Bem, feliz, empolgado, em paz? Ou triste, reprimido, contrariado, desanimado? Faça o mesmo com as outras opções, e lembre-se: não existe resposta certa ou errada, melhor ou pior. Existe a sua verdade. Seja sincero e estas respostas vão te ajudar a ter mais clareza.
Pergunta número 5: Qual é a necessidade interna que você quer suprir?
Tudo o que nós queremos conquistar externamente está relacionado a uma necessidade interna. Por exemplo: você quer um relacionamento, que é algo externo. Mas você quer um relacionamento não apenas para ter um relacionamento, mas porque quer suprir, por exemplo, a sua necessidade interna de afeto. Ou então você quer ter dinheiro para comprar algo. Você não quer esse “algo” só para tê-lo. Você o quer para suprir uma necessidade interna: segurança, autoestima, tranquilidade…
Vale a pena investir um tempinho para refletir sobre qual é a necessidade interna que você quer suprir com essa questão, porque é tudo sempre sobre necessidades internas. Leve isso em conta.
Pergunta número 6: Você está no melhor estado para tomar uma decisão importante?
Evite ao máximo tomar decisões importantes sob pressão, estresse, ansiedade, desespero. Ninguém consegue pensar com clareza nesses estados. Se possível, respire fundo, deixe a questão de lado e volte quando estiver mais equilibrado.
Em resumo…
Não deixe os anos passarem para pensar como poderia ter sido, se tivesse feito outras escolhas. O futuro não existe, mas podemos construí-lo de forma consciente em cada decisão que fazemos no hoje.
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