Vem e Segue-me – Páginas introdutórias do Livro de Mórmon
Vem e Segue-me é um programa da Igreja para o estudo pessoal e familiar das escrituras. No ano de 2020 estudaremos o Livro de Mórmon – outro testamento de Jesus Cristo. E vamos publicar artigos apoiando o programa.
A Página de Título é escritura
A página de título, ou folha de rosto, é a parte de um livro que esclarece o título e mostra dados necessários à identificação da obra. Diferente das outas explicações introdutórias que antecedem o livro de 1º Néfi, a página de título foi escrita provavelmente por Morôni e traduzida pelo Profeta Joseph Smith, portanto é escritura.
O Profeta Joseph Smith explicou que “a página de rosto do Livro de Mórmon é uma tradução literal, extraída da última página do lado esquerdo do conjunto ou livro de placas que continha o registro que foi traduzido, sendo que a escrita de todo o conjunto seguia no mesmo sentido que a escrita hebraica geralmente segue [isto é, da direita para a esquerda]; e que o texto da citada página de rosto não é de forma alguma um escrito moderno, feito por mim nem por qualquer outro desta geração, seja vivo ou já falecido” (History of the Church, vol.1, pg. 71).
As doutrinas da Página de Título
Muitas doutrinas importantes são mencionadas no página de título. Eis algumas:
- O que é o Livro de Mórmon, e para quem se destina.
- Como foi escrito, preservado e traduzido.
- Conteúdo do Livro de Mórmon e seu enfoque.
- Propósito central do Livro
- “Se há falhas, são erros dos homens; não condeneis, portanto, as coisas de Deus”.
Uma das maravilhosas verdades indicadas na página de título é o da Expiação de Jesus Cristo. Essa doutrina sublime, e central, será desenvolvida em todos os capítulos do Livro. O Livro de Mórmon “destina-se a mostrar (…) as grandes coisas que o Senhor fez por seus antepassados; e para que possam conhecer os convênios do Senhor e saibam que não foram rejeitados para sempre — E também para convencer os judeus e os gentios de que Jesus é o Cristo, o Deus Eterno, que se manifesta a todas as nações.”
O sacrifício de Jesus Cristo – a Expiação – é precisamente o que nos faz não ser “rejeitados para sempre”. Ela é que valida e dá efeito aos convênios do Senhor. O Livro de Mórmon é, como o subtítulo diz “um outro Testamento de Jesus Cristo”. Ele foi escrito para “convencer” todo mundo “que Jesus é o Cristo, o Deus Eterno, que se manifesta a todas as nações”.
Quem eram as três Testemunhas do Livro de Mórmon?
Oliver Cowdery, nasceu em 3 de outubro de 1806. Ele era professor e advogado. Foi um dos primeiros conversos da Igreja e serviu como escriba de Joseph Smith. Ele foi batizado no dia 15 de maio de 1829 e era um dos principais líderes da Igreja até ser excomungado em 12 de abril de 1838. Entretanto, após arrependimento sincero ele foi readmitido na Igreja e se batizou em outubro de 1848. Era membro ativo da Igreja quando morreu. Nunca negou seu testemunho quanto a veracidade do Livro de Mórmon. Ele tinha 23 anos quando viu as placas.
David Whitmer, nasceu em 7 de janeiro de 1805. Era um fazendeiro. Foi batizado em junho de 1829, mas acabou sendo excomungado em 13 de abril de 1838. Ele nunca voltou à Igreja, porém nunca negou seu testemunho sobre o Livro de Mórmon. Pouco antes de falecer no Missouri ele registrou sob juramento. Tinha 23 anos quando viu as placas de ouro.
Martin Harris, era um prospero fazendeiro, que apoiou financeiramente o trabalho de tradução. Ele hipotecou sua fazenda para possibilitar a primeira tiragem do Livro de Mórmon. Ele foi batizado em 6 de abril de 1830, mas foi excomungado em dezembro de 1837. Após se arrepender, foi novamente batizado em 7 de novembro de 1842. Ele nunca negou seu testemunho quanto às placas. Era membro ativo da Igreja quando morreu em Utah. Tinha 45 anos quando viu as placas de ouro.
Leia mais sobre as três testemunhas aqui
Leia sobre as oito testemunhas aqui
Como foi a tradução do Livro de Mórmon?
Joseph Smith disse que traduziu o Livro de Mórmon pelo “dom e poder de Deus”. Ele era um jovem iletrado, pois tinha pouco estudo formal.
A esposa de Joseph, Emma insistiu que, na época da tradução, Joseph “(…) não era capaz de escrever nem ditar uma carta coerente e bem enunciada, muito menos ditar um livro como o Livro de Mórmon” (“Last Testimony of Sister Emma”, Saints’ Herald 26 (1º de outubro de 1879), pg. 290.)
Entretanto, fora escolhido por Deus – e com o pode Dele realizou a tradução em cerca de três meses, com a ajuda de escreventes – Oliver Cowdery, Martin Harris e Emma Smith.
“Joseph Smith e seus escreventes escreveram a partir de dois instrumentos usados na tradução do Livro de Mórmon. De acordo com as testemunhas da tradução, quando Joseph olhava para os instrumentos, as palavras das escrituras apareciam em inglês. Um instrumento, chamado no Livro de Mórmon de “intérpretes”, é mais conhecido dos santos dos últimos dias, hoje, como o “Urim e Tumim”. Joseph encontrou os intérpretes enterrados na colina Cumorah junto às placas.16 Aqueles que viram os intérpretes os descreveram como um par de pedras transparentes fixadas a uma borda de metal. O Livro de Mórmon se refere a esse instrumento, juntamente com o peitoral, como um dispositivo “guardado e preservado pela mão do Senhor” e “entregue de geração em geração, para a interpretação de línguas”.
O outro instrumento, que Joseph Smith descobriu nos anos anteriores à retirada das placas de ouro do solo, era uma pequena pedra oval, ou “pedra de vidente”. (…)
Aparentemente, por conveniência, Joseph muitas vezes traduziu com uma única pedra de vidente, em vez das duas pedras juntas formando os intérpretes. Esses dois instrumentos — os intérpretes e a pedra de vidente — foram aparentemente intercambiáveis e funcionavam em grande parte do mesmo modo tal que, ao longo do tempo, Joseph Smith e seus companheiros muitas vezes usaram o termo “Urim e Tumim” para referir-se à pedra única, bem como aos intérpretes.” (“Tradução do Livro de Mórmon“, Tópicos do Evangelho)
A verdade do Livro de Mórmon e sua fonte divina podem ser conhecidas hoje. Deus convida cada um de nós a ler o livro, lembrar-se das misericórdias do Senhor e ponderá-las em nosso coração “e [perguntar] a Deus, o Pai Eterno, em nome de Cristo, se estas coisas não são verdadeiras”. Deus promete que, “se [perguntarmos] com um coração sincero e com real intenção, tendo fé em Cristo, ele [nos] manifestará a verdade delas pelo poder do Espírito Santo”
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