Os temas mais falados da Conferência Geral de abril de 2020
A Conferência Geral de abril de 2020 será lembrada como uma forte experiência espiritual por conta da comemoração do bicentenário da Primeira Visão, que incluiu a sexta proclamação emitida pela Igreja: A Restauração da Plenitude do Evangelho de Jesus Cristo: Uma Proclamação do Bicentenário ao Mundo.
Além disso, todos os membros da Igreja tiveram a oportunidade de participar do Brado de Hosana. A conferência proporcionou uma força espiritual extremamente necessária durante a pandemia da COVID-19. Este artigo irá explorar alguns dos temas que podem ser identificados através da análise de alguns dados da conferência.
Ouvir o Senhor
Nos últimos tempos, podemos perceber a grande ênfase dada pelo nosso amado profeta sobre estarmos próximos de Jesus Cristo. Ao longo de vários meses, diversos anúncios dados pela Primeira Presidência e o Quórum dos Doze Apóstolos enfatizaram a importância de Cristo em nossas vidas. Desde o uso correto do nome da Igreja, o novo logo da Igreja e mudanças nos domínios da Igreja nas redes sociais e até mesmo a redução de nosso tempo nas capelas.
Em fevereiro deste ano, o presidente Russell M. Nelson convidou todos os membros da Igreja para ponderarem sobre como estão ouvindo a voz do Salvador Jesus Cristo. Em tempos extremamente desafiadores, é essencial que possamos ouvir a voz de nosso profeta e analisar se estamos ouvindo Jesus Cristo falar conosco e se estamos agindo de acordo com o que Ele nos diz para fazer.
O Salvador é a luz que nos guiará em meio à escuridão de nossas vidas. Ele é quem nos conduzirá de volta a presença de nosso Pai e não há outro caminho para chegarmos a tal destino.
Em seu discurso, ‘Ouvir o Senhor’, o presidente Nelson fez um apelo para que todos pudessem se voltar ao Salvador. Ele começou nos lembrando do que significa viver na dispensação da plenitude dos tempos:
“Vivemos nos dias os quais “nossos antepassados aguardaram com ansiedade”. Temos o privilégio de testemunhar com nossos próprios olhos o que o profeta Néfi viu apenas em visão, que “o poder do Cordeiro de Deus” desceria “sobre o povo do convênio do Senhor, que [estaria] disperso sobre toda a face da Terra; e [estaria armado] com retidão e com o poder de Deus, em grande glória”.
Vocês, meus irmãos e irmãs, estão entre esses homens, essas mulheres e essas crianças vistas por Néfi. Pensem nisso!”
Então ele explicou o que significa “ouvir o Senhor”:
“A primeira palavra que encontramos em Doutrina e Convênios é escutai. Ela significa “ouvir com a intenção de obedecer”. Escutar significa “ouvir o Senhor” — ouvir o que o Salvador diz e depois obedecer a Seu conselho.
Com estas duas palavras: “Ouve-O”, Deus nos mostra o padrão para obtermos sucesso, felicidade e alegria nesta vida. Precisamos ouvir as palavras do Senhor, escutá-las e obedecer ao que Ele nos pede!”
Como resultado das palavras enfáticas do presidente Nelson, o significado do termo “ouvir o Senhor” aumentou consideravelmente nesta conferência. A tabela seguinte mostra o número de vezes que a frase “ouvir o Senhor” foi falada nas conferências gerais desde 1971. Observe o aumento significativo em 2020:
“Ouvir o Senhor” foi citado em 38% dos discursos em abril de 2020 (mais do que em qualquer outra conferência) e em 19% dos discursos em abril de 1985:
Para reforçar esta importante mensagem, o presidente Nelson apresentou a hashtag #OuvirOSenhor e o site HearHim.org.
Cristo é o ponto central do plano de Deus e por isso é crucial que possamos ouvir Sua voz, que nos traz paz, consolo, felicidade e progresso.
O Livro de Mórmon
Em média, o Livro de Mórmon é mencionado em 37% de todos os discursos de conferência, mas foi mencionado em 81% dos discursos nesta última conferência – mais do que em qualquer outra conferência. O Livro de Mórmon foi mencionado em 69% dos discursos em abril de 1987, que é a segunda conferência com mais menções. Isso é mostrado no gráfico seguinte:
Medido pelo número de referências ao termo “Livro de Mórmon” em discursos de conferência, o Livro de Mórmon começou a ser ainda mais enfatizado desde que Russell M. Nelson foi chamado presidente da Igreja, com mais de 50% dos discursos se referindo a ele pelo nome:
Em seu discurso, ‘O poder do Livro de Mórmon na conversão’, o Élder Benjamin M. Z. Tai enfatizou a importância do Livro de Mórmon para vencer a tentação:
“O presidente Russell M. Nelson prometeu: “Ao estudarem o Livro de Mórmon em espírito de oração todos os dias, vocês tomarão melhores decisões — todos os dias. Prometo que, ao ponderarem sobre o que estudarem, as janelas do céu se abrirão e vocês receberão respostas para suas próprias perguntas e orientação para sua própria vida.
Prometo que, ao se aprofundarem diariamente no Livro de Mórmon, vocês serão imunizados contra os males diários, mesmo contra a sedutora praga da pornografia e contra outros vícios que entorpecem a mente”.
Queridos amigos, o Livro de Mórmon é a palavra de Deus e nos aproximaremos Dele se estudarmos esse livro. Ao colocarmos suas palavras à prova, receberemos um testemunho de sua veracidade.
Ao vivermos de acordo com seus ensinamentos com consistência, não desejaremos mais praticar o mal.” Nosso coração, semblante e natureza serão transformados para nos tornarmos mais semelhantes ao Salvador.”
A Primeira Visão
Com a comemoração do bicentenário da restauração do evangelho, o aumento do número de citações sobre a Primeira Visão e o Livro de Mórmon durante a conferência de abril de 2020 não é uma surpresa.
A Primeira Visão foi mencionada em apenas 4,6% dos discursos de todas as conferências, mas foi mencionada em 31% dos discursos desta conferência. O gráfico seguinte compara as oito conferências que mencionaram a Primeira Visão com mais frequência:
Em seu discurso, ‘Não prosseguiremos em tão grande causa?’, o presidente M. Russell Ballard comemorou a Primeira Visão lembrando-nos da dívida que temos com aqueles que se sacrificaram tanto para restaurar o evangelho.
“Ao comemoramos esta jubilosa ocasião, o aniversário de 200 anos da Primeira Visão, devemos sempre nos lembrar do preço que Joseph e Hyrum Smith tiveram de pagar, assim como muitos outros homens, mulheres e crianças fiéis, para estabelecer a Igreja de modo que vocês e eu desfrutássemos das muitas bênçãos e de todas essas verdades reveladas a que temos acesso hoje. A fidelidade deles nunca deve ser esquecida!
Sempre me perguntei o motivo de Joseph, Hyrum e sua família terem sofrido tanto. É possível que, por meio de seus sofrimentos, eles tenham passado a conhecer a Deus de uma maneira que não seria possível se não tivessem passado por esses desafios.
Por meio de seus sofrimentos, eles refletiram sobre o Getsêmani e sobre a cruz do Salvador. Conforme disse Paulo, “porque a vós vos foi gratuitamente concedido, em relação a Cristo, não somente crer nele, como também padecer por ele.”
A Segunda Vinda
As últimas conferências falaram bastante sobre convênios, o caminho do convênio e a Segunda Vinda e ficamos imaginando se seria algo que continuaria nesta última conferência. A ênfase na importância de fazer e cumprir convênios no evangelho continuou e esteve presente em 75% dos discursos.
A Segunda Vinda continuou a ser enfatizada e foi mencionada em 25% dos discursos nesta conferência – Mais do que qualquer outra conferência. O gráfico seguinte mostra as conferências onde o termo “Segunda Vinda” foi usada com mais frequência:
Nós não sabemos quando o Salvador voltará, mas podemos sentir a aproximação desse dia a medida que analisamos os discursos da conferência geral. Precisamos continuar nos preparando para receber Jesus Cristo ao cumprir com os convênios que fizemos, estudarmos as escrituras – incluindo o Livro de Mórmon e principalmente ouvir o Senhor por meio de Seu Santo Espírito e Seus santos profetas.
Fonte: Meridian Magazine
Uma promessa ou convite de cada discurso da Conferência Geral de abril de 2020
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