Quando os pais tomam decisões diferentes do que nos ensinaram
É difícil crescer e perceber que seus pais não são os heróis perfeitos que você idealizava quando criança. Eles também cometem erros e, às vezes, tomam decisões diferentes do que ensinaram a você.
Êxodo 20:12 diz:
“Honra teu pai e tua mãe, para que os teus dias se prolonguem na terra que o Senhor teu Deus te dá”.
Mas como você pode honrar seus pais nessa situação?
Río Grange é uma Santo dos Últimos Dias que que passou por isso. Seu pai tomou decisões que causaram a desintegração de sua família.
Neste artigo, ela compartilha o que aprendeu sobre honrar os pais, mesmo quando eles tomam decisões erradas.
Construa seu próprio fundamento
Grange compartilhou em seu Instagram uma reflexão sobre sua experiência:
“Infelizmente, com o passar dos anos, meu pai continuou a tomar decisões que tornaram cada vez mais difícil confiar nas coisas que ele me ensinou.
Eu estava preocupada que as lições que ele ensinou, os valores que ele enraizou em mim e as crenças que ele compartilhou se transformassem em poeira e perdessem sua validade com cada decisão que ele tomava.
Mas porque eu já tinha começado a construir minha própria base e minha própria compreensão, eu sabia que isso poderia permanecer firme se eu me livrasse de todo o resto: as decisões que eu não entendia, as perguntas sem resposta, a dor que ainda persistia e as partes dele que eu não poderia mudar.
Deixei tudo aos pés do Salvador porque era a única coisa que sabia fazer.”
Como honro meus pais apesar de suas decisões ruins?
Talvez como eu, depois de ver seus pais tomar decisões que magoam você, você se pergunta, como eu honro meus pais apesar disso?
No meu caso, tomei a decisão de honrar a trajetória de meu pai. Honrei a sua história, memo que fosse algo que eu não podia mudar.
Por mais que tivesse esperança e orasse para ser a pessoa que pudesse mudar meu pai, nunca seria suficiente. Essa era uma batalha que ele tinha que enfrentar e o único que podia se envolver nela além do meu pai, era o Senhor.
Eu precisava honrar esse processo, que era seu processo. Eu tive que entender que, se eu interviesse, isso prejudicaria o relacionamento que tínhamos. Você não faz ideia de como isso foi importante para mim.
Aprendi da maneira mais difícil. Houve épocas em que o confrontei.
O meu pai era intimidador. Apesar de seu amor por seus filhos, ele era intimidador. Ele era um homem que poderia articular seus pensamentos muito bem, então era assustador enfrentá-lo.
Quando o confrontava, simplesmente tinha algo que me dizia: “esta batalha não é sua, é ele que tem que lutar”.
Se conseguir separar as coisas, seu pai poder ser o pai que você precisa para aquele momento em que ele estiver com você.
Eu fiz isso, várias vezes. No começo, eu não sabia que isso significava. Acho que eu simplesmente escolhi esse tipo de relacionamento com meu pai acima de qualquer outra coisa.
Então, para honrar meu pai, eu peguei tudo de bom que aprendi com ele, com as noites familiares, com as conversas de quando estávamos no elevador, com as conversas depois que eu voltava dos meus encontros com os caras que me convidavam para sair.
Juntei todas as coisas boas e construí minha própria base, independentemente das decisões do meu pai ou de outras pessoas.
Desse modo pude honrá-lo, tomando as melhores partes, que sabia que eram verdadeiras e construí sobre elas o fundamento em que me apoio hoje. Caso contrário, meu fundamento, teria desmoronado com a perda dele.
Porque aprendi a separar as coisas e construir meu próprio testemunho com fragmentos de meu pai, pude suportar o golpe de perdê-lo nesta vida e a dor que suas decisões causaram.
Espero que isso tenha ajudado você e que possa escolher salvar o relacionamento com seus pais. Compreendo que cada situação é única, mas não seria ruim se você considerasse essas coisas.
“Há somente um modo de fazer um julgamento justo à maneira de Jesus Cristo: ser como Ele é.” – Lynn G. Robbins
Fonte: LDS Living
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